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Economia

Importações de bens de capital aumentam 33,1% em julho de 2021, diz economista

Com dados do IBGE

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O setor de bens de capital teve a décima primeira taxa positiva consecutiva, frente ao mesmo mês do ano anterior, segundo o economista Paulo Castelo Branco, presidente executivo da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) com dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).

Conforme ele, o segmento obteve crescimento de 33,1% em julho de 2021 influenciado pelas altas na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (56,5%).

Também disse que as demais taxas positivas vieram de bens de capital para fins industriais (15,0%), para construção (67,0%), de uso misto (15,2%) e agrícolas (15,0%).

Trabalhadores em linha de montagem de máquinas da AGCO em Ribeirão Preto (SP)

Bens de capital

Ainda de acordo com o executivo, citando o levantamento do IBGE, a pesquisa ainda aponta que a produção industrial no geral obteve avanço de 1,2% frente a julho de 2020, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 54,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, o setor de máquinas e equipamentos é uma das principais influências positivas, correspondendo à alta de 26,2%.

“O aumento de 33,1% na importação de bens de capital em julho de 2021, em relação a 2020, demonstra que houve uma reversão de tendência, na qual as indústrias perceberam que importar bens intermediários e componentes para serem agregados e montados a produtos manufaturados aqui no Brasil, pode causar riscos e prejuízos”, comentou Castelo Branco.

Pandemia

Conforme o especialista, a pandemia mudou muito o contexto de compras oriundas de importação de máquinas e equipamentos no País. No início de março de 2020, a importação de máquinas praticamente parou por cerca de dois meses, devido à necessidade de prevenir contaminação por Covid-19 e a perspectiva de que não haveria consumo ou compras pelas empresas de máquinas, mas isso somente ocorreria com o passar do tempo.

A indústria brasileira começou a reagir. “A partir de meados de 2020, a demanda por produtos industriais começou a operar em alta, principalmente em itens que começaram a ser mais procurados na pandemia, como notebooks e equipamentos, pois nos meses de junho e julho do ano passado, as máquinas que estavam no estoque em um mês e meio foram todas comercializadas, e assim acabaram os produtos se esgotaram”, aponta, Castelo Branco.

Setor produtivo

Sendo assim, o setor produtivo aumentou o interesse por importações de máquinas e equipamentos industriais com alta tecnologia embarcada, mesmo que o aumento exagerado da moeda americana tenha gerando um custo “maior”, ante o cenário pré-pandemia. Mesmo assim, o interesse é crescente. “Você não tem alternativa, se quiser produzir com competitividade. Aliás, isso vai ao encontro do que a ABIMEI defende: importação de bens de capital com alta tecnologia para produção local de bens intermediários “, afirmou.

A pesquisa realizada pelo IBGE também mostra que entre as grandes categorias econômicas de janeiro a julho de 2021, houve altas em bens de consumo duráveis (27,8%), bens intermediários (9,0%), bens de consumo (8,5), semiduráveis e não duráveis (4,5%). Além disso, a indústria em geral acumulou crescimento de 11%

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