Manejo nutricional pode dobrar produção de banana em Paraná e Santa Catarina

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) desenvolveram uma pesquisa que mostra que a banana produzida na região Sul do país, tem capacidade de dobrar seu potencial de produção.

Os cultivares do subgrupo Cavendish, por exemplo, ultrapassaram as 50 toneladas por hectare, enquanto os índices alcançados, em média, são de 24 toneladas por hectare. O motivo para o aumento na produção seria a gestão no manejo nutricional. Para isso, são necessárias práticas simples como a aplicação correta de cal, gessagem e adubações equilibradas, como explica o pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Itajaí, Gelton Guimarães.

Ainda segundo ele, é preciso ter cautela com relação à aplicação de fontes fosfatadas e potássicas. As fontes nitrogenadas também estariam abaixo de atender a demanda exigida pela cultura. “Verificou-se que algumas regiões do Estado não estão fazendo a correta correção da acidez do solo, seja pela escolha errada do corretivo utilizado ou doses fora do recomendado”, afirma.

De acordo com o do extensionista do IDR-Paraná, José Aridiano Lima de Deus, o estudo serve justamente para corrigir tais falhas no manejo. “A identificação das principais limitações da produtividade permite estabelecer ações que melhoram a tomada de decisão e minimizem as limitações causadas por fatores controláveis, como por exemplo os fatores nutricionais”, explica.

Produção

Santa Catarina é considerado o quarto maior produtor de banana do país. Sua produção anual chega a 700 mil toneladas. O Estado também é responsável por 70% do volume de produção e mercado na região Sul.

Já o Paraná tem a banana como a segunda fruta em volume de produção e em área cultivada.