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Brasil não deve renovar cota do etanol para fora do Mercosul, indica fonte

Com a não renovação, Brasil deve buscar negociação comercial com o governo Donald Trump para que não hajam retaliações.

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A cota sem tarifa para importação de etanol vence nesta segunda-feira, e o Brasil não deve renová-la, fazendo com que compradores de fora do Mercosul paguem taxa de 20%, informou uma fonte do governo com conhecimento sobre o tema.

A decisão afetaria principalmente os Estados Unidos, maiores fornecedores dos brasileiros, acarretando em busca do Brasil por uma abertura de negociação comercial com o governo Donald Trump para que não hajam retaliações de seu país.

“A tendência é deixar cair (a cota) e sentar à mesa com os americanos para combinar um novo pacote, mais equilibrado”, excluo a fonte.

“Deixa vencer (e volta a taxa de 20%)… e aí começa uma nova negociação do zero”, continuou.

Porém, uma eventual negociação dependeria de vontade política de Trump, que vem sofrendo pressão de produtores norte-americanos para impor uma tarifa de importação, caso o Brasil não elimine a sua.

A informação ainda não foi confirmada por representantes do governo.

Ainda nesta segunda-feira, o jornal Valor Econômico publicou em sua versão online que o Brasil não renovará a cota de importação de etanol com tarifa zero, apontado como fontes alguns representantes do governo.

O pedido de não renovação da cota anual foi feito pelo poderoso setor agrícola do país.

Para agradar o lobby agrícola, o presidente Jair Bolsonaro pode desagradar Trump e produtores de etanol e de milho antes da eleição dos EUA em meio a um período de queda nas vendas de combustível devido à pandemia.

Qualquer liberalização no comércio de etanol deve ser seguida por um movimento para reduzir o imposto de importação dos EUA sobre o açúcar brasileiro, disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Evandro Gussi.

Para a Unica, esse é a única maneira de gerar ganho para que o Brasil renove a cota ou elimine a tarifa.

Segundo informações anteriores da mesma fonte, a discussão fora retirada da reunião da semana passada da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão interministerial que define essas questões.

De acordo com a fonte, a negociação com os EUA poderia levar ao livre comércio de etanol por livre comércio em açúcar; ou à manutenção do regime de cotas, com uma calibragem na quantidade e distribuição ao longo do ano; ou ainda ao fim do regime de cotas com uma calibragem na tarifa.

Para ela, a segunda opção que prevê a manutenção do regime de cotas é a mais provável.

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