Agronegócio
Aumento no preço de fertilizantes ameaça safrinha de milho
Presidente Jair Bolsonaro acredita que escassez de insumos pode gerar desabastecimento
A alta dos preços dos produtos foi geral. E os insumos não ficaram de fora. As principais matérias primas de fertilizantes e os produtos formulados subiram mais de 100% em 2021. A ureia, o fósforo e o potássio tiveram reajustes de 234%, 115% e 178% respectivamente. E essa alteração pode influenciar diretamente na produção agrícola.
O aumento do valor de mercado dos insumos e a oferta limitada ameaçam, por exemplo, reduzir a produtividade do milho no próximo ciclo. É que o milho “safrinha” é plantado no primeiro trimestre, logo após a colheita de soja. E a maioria dos agricultores, cerca de 61%, ainda não garantiu os insumos para o primeiro semestre de 2022, segundo dados da StoneX Group. E quando isso acontecer, os produtores precisarão comprar fertilizantes em meio a custos elevados e a preocupação em não receber os insumos.
Alguns estão se precavendo e antecipando a compra dos itens para evitar riscos. Vale lembrar que o Brasil, além de ser considerado o maior exportador mundial de soja, açúcar e café, também importa cerca de 80% de suas necessidades de fertilizantes.
Crise
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que o país pode enfrentar desabastecimento no próximo ano devido à queda da produção chinesa. “Vou avisar um ano antes: fertilizantes. Por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento no ano que vem”, afirma ele.
Mas especialistas no assunto discordam. Segundo Guilherme Bellotti, analista do Itaú BBA, são outros os fatores preocupam. “Por mais que haja incentivo econômico para o plantio, devido aos altos preços do milho, fertilizantes caros podem limitar o uso. Se isso coincidir com intempéries climáticas, poderemos ter problemas”, afirma.
Os preços à vista para o fertilizante fosfatado mais do que dobraram e as cotações do potássio e ureia triplicaram em 12 meses. Na cadeia mundial, os insumos também têm aumentado em meio aos altos custos da energia, fechamentos de fábricas e sanções de governos, o que reforça expectativas de déficits de oferta.

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