Agronegócio
Clima instável deve manter alta de preços agrícolas até 2022
Somente nos últimos 12 meses, IPCA subiu 14,41%, puxado por crise energética
Atingidos por toda sorte de intempéries (chuvas, secas, geadas e queimadas) os produtos agrícolas devem continuar apresentando trajetória de alta até, pelo menos, o primeiro semestre de 2022, de acordo com analistas financeiros, cujos estudos levam em conta, por sua vez, previsões meteorológicas.
IPCA de dois dígitos – A pressão sobre os preços já pode ser sentida pela evolução, nos últimos 12 meses, em que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 14,41%, turbinado pela alta dos combustíveis e da energia elétrica, por conta da crise hídrica.
Mudança de padrão – Para o professor da PUC-Rio e especialista do tema inflação, Luiz Roberto Cunha, a mudança no padrão climático, com o menor intervalo entre os eventos sazonais, torna mais árdua a tarefa do Banco Central (BC) de controlar a inflação.
Sob pressão – Na sua previsão, os preços dos alimentos vão continuar sob pressão, pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2022 (1S22), por conta do ‘aquecimento’ da demanda mundial, como também pela alta de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, importados e sujeitos à variação do dólar, mas também são impactados pela crise energética da China, que reduziu a produção desses itens. Igualmente sujeitos à variação cambial estão inseridos itens, como carnes, açúcar, café e até arroz.
Cadeia ‘desarranjada’ – Com o recuo da produção devido à seca, o preço do leite já subiu 22% este ano. A despeito da máxima histórica do valor do litro do produto (R$ 2,40), ainda assim, o produtor teve suas margens de lucro reduzidas. O mesmo caso é o do milho, em que a estiagem elevou os preços das rações, a exemplo de muitas outras culturas afetadas por quebras de safra, redução de disponibilidade de água nas regiões produtoras e o próprio desarranjo da cadeia produtiva.
Maior alta – Confirmando a tendência altista, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) revelou que os preços mundiais dos alimentos atingiram, em setembro último, a maior alta em dez anos, que chegou a 32,8% ante igual mês do ano passado.

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