O mês é novo, mas as incertezas continuam as mesmas

O mês mudou, mas as incertezas continuam as mesmas. O Ibovespa encerrou agosto com queda mensal de 3,44%, ampliando as perdas no ano para 14,07%. Agosto foi marcado, principalmente, pela questão fiscal, tema que deve continuar ditando o ritmo dos negócios esse mês na Bolsa. Às 9h12, o índice futuro registrava alta de 1,12%, aos 100.810 pontos.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar o Produto Interno Bruto (PIB) referente o segundo trimestre do ano. O indicador apresentou forte queda de 9,7%. Na comparação com o mesmo período de 2019, a retração foi ainda maior, de 11,4%. O indicador reflete as medidas adotadas para o distanciamento social para evitar a ampliação da doença, que levaram ao fechamento do comércio e de empresas.

Ontem, a equipe econômica entregou o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso, e o documento mostrou que o governo espera um rombo primário para o governo central de R$ 233,6 bilhões em 2021, ante déficit de R$ 149,61 bilhões determinado em abril, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

Hoje, o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar a continuidade do programa de auxílio emergencial até o final do ano, e a expectativa é de que o valor fique em R$ 300,00. O Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família, não foi incorporado na proposta entregue ontem ao Congresso e ainda não tem data para ser divulgado.

Em Nova York, o índice futuro Dow Jones tinha leve queda de 0,08%, aos 28.393 pontos.