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Economia

Preço da carne cai pela primeira vez em 16 meses após ausência da China

Em prévia da inflação, divulgada pelo IBGE, queda nos preços foi de 0,31%, com destaque maior para cortes bovinos de dianteiro.

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Sem conseguir exportar carne bovina para a China – seu principal cliente internacional – há quase dois meses, o Brasil passa pela primeira redução no preço médio do produto após 16 meses de altas. É o que mostram os dados do relatório do IPCA-15, uma prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgada pelo IBGE.

De acordo com o documento, a redução no preço das carnes foi de 0,31% entre o período de 16 de setembro e 16 de outubro e está relacionada com a desvalorização dos cortes bovinos dianteiros.

Redução dos preços das carnes

A capa de file e a costela foram as que mais abaixaram os valores. Apenas o coxão mole, picanha e contrafilé tiveram aumento no período referido. Isso porque eles acompanharam as subidas da carne suína e de frango.

“Esse cenário favorece a maior competitividade da carne bovina, apesar de não ser uma queda expressiva”, esclarece o analista Rafael Suzuki, da Scot Consultoria. O que acontece é que, segundo o indicador, mesmo com a diminuição nos preços em setembro, a carne bovina ainda registra alta de 22% no acumulado de 12 meses.

O analista pontua ainda que a além da suspensão de exportação de carne bovina para o mercado chinês, a queda nos preços do produto está ligada à maior saída de gado confinado, o que acaba por aumentar a oferta doméstica/interna.

Apesar disso, os preços vem sendo compassados de forma lenta ao atacado e varejo, sobretudo diante do menor volume de abate após o embargo. Dessa forma, as reduções serão sentidas de forma compassada pela população.

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