Com gasolina nas alturas, compensa atravessar fronteira com Argentina para abastecer?

Os altos preços aplicados sobre os combustíveis têm pesado no bolso dos brasileiros. Como alternativa para fugir das cobranças excessivas, muitos brasileiros tem atravessado a fronteira para abastecer os carros na Argentina. A procura acontece em Porto Iguazú, cidade do país vizinho.

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A elevada procura na região fez com que os postos locais limitassem o fornecimento diário de gasolina para estrangeiros, que agora é de 15 litros por veículo. Enquanto isso, do outro lado da fronteira, em postos de Foz do Iguaçu (PR), a procura por gasolina é bem menor, tendo em vista que o litro sai na média de preço entre R$ 6,35 e R$ 7 o litro.

“Estamos tentando aumentar a produção, mas lamentavelmente temos uma cota de abastecimento. Ou seja, não nos permitem mais do que uma certa quantidade de combustível porque o preço está muito baixo, e o barril do petróleo subiu para US$ 80”, explicou o representante da Câmara de Combustíveis de Missiones, Faruk Jalaf, ao jornal argentino Clarín.

Revenda ilegal de gasolina e botijão de gás

Além de ir atrás de gasolina na Argentina, muitos brasileiros também estão trazendo inclusive botijões de gás argentino para o Brasil. Com isso, cresceram os caso de revenda ilegal do produto e a Receita Federal (RF) teve de iniciar uma operação na região, chamada de Operação Nafta. O objetivo é intensificar a a fiscalização e impedir que combustíveis ilegais entrem no país.

Desde o começo das fiscalizações até agora, já foram apreendidos cerca de 2,5 mil litros de gasolina e 130 botijões de gás. A RF faz um alerta para os riscos desse tipo de revenda sem os devidos procedimentos de segurança e regularização de carga.

Vale lembrar que cruzar a fronteira não é tarefa simples. Os brasileiros que se aventurarem devem registrar a sua saída e apresentar documentos pessoais e comprovante de vacinação completa na aduana argentina.