Economia
Coronavírus causa atrasos na colheita de cana-de-açúcar da Índia
Trabalhadores migrantes necessários para colheita de cana-de-açúcar na Índia temem viajar por causa das infecções por coronavírus no país.
A colheita da enorme safra de cana-de-açúcar da Índia enfrenta potenciais atrasos em consequência do medo que milhões de trabalhadores migrantes necessários para o processo enfrentam devido ao aumento das infecções por coronavírus no país, ameaçando uma redução na oferta global do produto.
Com início previsto para outubro, quando outros grandes produtores estão encerrando a safra, a colheita cana da Índia não é mecanizada, e depende de trabalhadores migrantes que viajam pelo país para realizar os trabalhos.
No patamar de terceiro país com mais infecções pela Covid-19, 3,7 milhões, há preocupação de que a colheita possa se tornar vetor de ainda mais contágio na Índia.
Os atrasos acarretariam em uma produção mais lenta de açúcar nas usinas indianas, em um momento em que a produção de açúcar brasileira estará desacelerando e a Tailândia está colhendo a menor safra em 10 anos, reduzindo a oferta no mercado global.
O ritmo de moagem mais lento na Índia poderia dar suporte aos preços globais do açúcar, que estão próximos dos patamares mais altos em cinco meses.
B.B. Thombare, presidente da associação de usinas de açúcar WISMA, falou sobre suas expectativas. “Estamos prevendo alguns atrasos no início da temporada. Muitas coisas dependem de quanto os trabalhadores estão disponíveis localmente e da disseminação do coronavírus em outubro”.
Na Índia, são produzidas anualmente 370 milhões de toneladas de cana, levando-a ao patamar de segunda maior produção mundial, atrás apenas do Brasil. Mas, de acordo com o governo, somente 5% do trabalho é mecanizado em um país com quase 50 milhões de trabalhadores em fazendas de cana-de-açúcar e 700 fábricas.
“O medo de ser infectado pode levar alguns trabalhadores a aceitar vagas menos lucrativas próximas de suas regiões nativas”, continuou Thombare.
A maior parte do cultivo de cana indiano ocorre manualmente, em propriedades muito pequenas e que não têm capital para comprar uma máquina, que pode chegar a 200 mil dólares. Contudo, as usinas ajudam os produtores a colher e transportar a cana até a indústria, e estão investindo aos poucos nessas aquisições.
As usinas estão correndo para comprar máquinas, e dizeram pedidos de mais de 200 equipamentos para colheita de cana recentemente em todo o país, disse o diretor-geral da Federação Nacional de Fábricas Cooperativas de Açúcar, Prakash Naiknavare.

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