Economia
Fundo BNDES/SumUp disponibiliza R$ 230 mi para o setor de microcrédito
Montante anunciado deverá financiar cerca de 370 mil microempreendedores nacionais
Direcionado ao crédito de micro e pequenas empresas, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) – criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a fintech SumUp – já nasce com um aporte R$ 230,7 milhões.
Valor médio – Desse montante, R$ 200,7 milhões caberiam ao BNDES e os R$ 30 milhões restantes teriam a participação da fintechs. A expectativa das instituições é de que o montante de recursos disponível sirva para financiar até 370 mil microempreendedores, em que o valor médio dos empréstimos deve girar em torno de R$ 2,8 mil.
Programa de R$ 4 bi – A participação do BNDES está inserida no montante de R$ 4 bilhões, relativo ao programa de Seleção de Fundos de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas, anunciado em 2020, e o novo fundo, chamado de FIDC Brasil Microcrédito, quinto contratado por chamada pública. Anteriormente, as companhias CashMePlural, Captalys, SRM e Cielo já receberam recursos, mas que não tinham o microcrédito como principal alvo.
Valor dobra – Na previsão do diretor de participações, mercado de capitais e crédito indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, apesar de o fundo ter duração de seis anos, esse valor pode dobrar nos próximos meses, caso a concessão de crédito tenha adesão. “O valor de R$ 230 milhões é apenas a primeira tranche. Começamos com valores menores e vamos azeitando a máquina”, diz.
Contas digitais – Para a SumUP, a participação no novo fundo garante acesso ao segmento de crédito, uma vez que a fintech tem reforçado, nos últimos meses, sua presença no mercado de micro e pequenos negócios – por meio de ‘maquininhas’ de pagamento – e começado a participar de contas digitais. Somente em março deste ano, a SumUP recebeu R$ 1,3 bilhão da matriz alemã para expansão dos negócios por aqui.
Segmento de crédito – O diretor de crédito da SumUp, Leonardo Vieira, diretor de crédito da SumUp, adianta que esse novo recurso vai garantir que empresa ingresse de uma vez no segmento de crédito, a exemplo do que já ocorre em outros países. Segundo Vieira, a ideia da companhia é fazer com que 30% de sua base global (3 milhões de clientes) acesse os produtos de crédito, patamar semelhante ao de outros países.
Sem alteração – Além disso, em que pese a alta da Selic (taxa básica de juros), tanto o BNDES quanto a SumUp não pretendem alterar, por enquanto, a taxa de juros dos empréstimos, até agora mantida em 3,5% ao mês, mas reajustes não estão descartados, no futuro.
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