B3 lança contrato Futuro de Soja Brasil

Nesta quinta-feira, a B3 lançou o contrato Futuro de Soja Brasil. As negociações acontecerão a partir de 29 de novembro também na Bolsa de Chicago (CBOT). A referência para o contrato será a liquidação financeira calculada em dólares por tonelada pelo índice S&P Global Platts, além do preço de exportação da soja no porto de Santos, em São Paulo.

Também estão sendo listadas as opções de compra e de venda. A negociação será feita mediante uma conta em corretora, segundo informou a B3.

O superintendente de Commodities da B3, Louis Gourbin, informou em comunicado que até então, para fazer hedge dos grãos negociados, era preciso recorrer à Bolsa de Chicago. “A correção entre os preços da soja brasileira e americana sempre foi grande, porém nos últimos anos houve um descolamento, o que dificultou bastante a vida dos agentes da cadeia produtiva brasileira”, afirmou.

O Brasil é considerado o maior produtor e exportador mundial de soja. Em 2021, 134 milhões de toneladas de grãos foram colhidas no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O agronegócio brasileiro é uma referência mundial, nossos produtos precisam refletir isso. O novo derivativo chega para atender essa necessidade e ser uma ferramenta de gestão de risco de preço Brasil”, acrescentou o superintendente.

Apesar dessa relevância, muitas empresas nacionais encontram dificuldades com relação à proteção financeira, de acordo com a B3. Em virtude disso, desde 2007, a bolsa e o CME Group mantêm um acordo de cooperação técnica para auxiliar nesse sentido. “Essa conexão é importante pois traz o mundo para o Brasil e o Brasil para o mundo. O mercado de soja é internacional, mas possui dinâmicas de produção e comercialização distintas por geografia, o que traz a necessidade de novos produtos regionais”, explicou Gourbin.