Europa vai proibir importações de áreas desmatadas

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), informou que vai impedir a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas como forma de impedir o desflorestamento. A medida faz parte de uma lista de estratégias ambientais adotadas para o quinquênio 2019/2024, o chamado “Acordo Verde Europeu”.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), realizada em Glasgow, na Escócia, no início deste mês, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030, além de outras medidas em prol do meio ambiente.

O banimento inclue a soja, o cacau, o café, o óleo de palma, a carne bovina, a madeira e os derivados.

Segundo o vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, o continente busca soluções mais sustentáveis para o agronegócio. “O nosso regulamento responde ao apelo dos cidadãos para minimizar a contribuição europeia para o desmatamento e visa promover o consumo sustentável”, afirmou.

Dessa maneira, a Europa só permitirá a entrada de produtos que provarem não serem provenientes de solos desmatados depois de 31 de dezembro de 2020. A verificação será feita por meio de uma auditoria com as coordenadas da área de origem e outros dados. Para o comissário para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius, essa é uma saída encontrada para “parar de exportar poluição”.

O continente europeu importa cerca de 60 milhões de euros em matérias-primas ou derivados afetados por esta regra. De acordo com os cálculos da Comissão Europeia, a medida levará a uma redução de quase 32 milhões de toneladas de carbono por ano e que tem uma poupança de 3,2 milhões de euros.