Economia
Petrobras (PETR3, PETR4): venda de Mataripe à Mubadala é marco do setor
Companhias assinam, em breve, contrato para transferência final da ex-Landulpho Alves
Marco histórico de abertura do setor petrolífero nacional à iniciativa privada, nos próximos dias, a Petrobras (PETR3, PETR4) e Mubadala assinam, nos próximos dias, contrato de transferência definitiva da refinaria de Mataripe (ex—Landulpho Alves – Rlam), na Bahia. Apesar do anúncio, o valor da transação não foi divulgado pelas companhias. A Mubadala Investment Company (PJSC) é um fundo soberano da holding estatal dos Emirados, de mesmo nome.
Expectativa de investimentos – A expectativa do mercado é de que o novo dono da refinaria realize investimentos para a modernização e ampliação da eficiência da unidade, dos atuais 190 mil barris/dia (b.d) para 323 mil b.d..
Expertise valorizada – Pelo acordo celebrado, a Petrobras se comprometeu a manter todos os empregados que não quiserem ir para o setor privado, mas que estejam dispostos a deixar a Bahia, para atuar em outras operações da petroleira.
A hora do PAI – Para analistas, o mais provável é que os profissionais mais experientes ingressem no Programa de Aposentadoria Incentiva (PAI) para continuar na unidade em que já atuam, medida que contaria com a concordância do comando da companhia, igualmente composto por ‘veteranos’ da área de combustíveis.
Mais duas – De um total de oito refinarias ofertadas ao mercado, além da Rlam, foram vendidas mais duas refinarias: a Reman, no Amazonas, tem produção de 47 mil b/d e a SIX, no Paraná, que produz gás e óleo a partir do xisto, com capacidade instalada de 5.880 toneladas/dia. Esses empreendimentos deverão ter seus contratos finais concluídos em 2022.
Lubnor à venda – Outra companhia que estaria em processo de venda adiantado é a Lubnor, fabricante de lubrificantes responsável por 10% da produção nacional de asfalto. Também no plano de desinvestimentos da estatal estaria a refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco e a Repar, no Paraná que, antes de serem alienadas, deverão receber investimentos.
Mais um trem – Depois de não receber ofertas, na primeira tentativa da petroleira, em 2019, a Rnest deverá receber mais um trem de refino, como previsto no projeto original, de R$ 1 bilhão. No paralelo, a Petrobras mantém contato com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), tendo em vista dar continuidade à venda da empresa.
Retorno ao programa – Já a Repar – que só recebeu propostas abaixo de sua expectativa – retorna ao programa com uma unidade de biorrefino, conforme consta no Plano Estratégico 2022-2026.
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