Economia
Focus: previsão de IPCA para 2022 já bate meta inflacionária do ano
Boletim aponta que índice oficial de inflação chegará a 5,2% ano que vem, acima da previsão federal, de 5%
Pela primeira vez desde 2015, a inflação brasileira supera a marca dos dois dígitos, quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o índice oficial, deverá atingir 10,19%, no final de 2021, superando em cinco pontos percentuais a meta de inflação para 2021, de 5,25%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Avanço de índice – A escalada inflacionária pátria pode ser medida pela previsão anterior, há quatro semanas, quando o mesmo indicador pontuava 9,33%. O último pico da carestia local ocorreu durante o governo de Dilma Rousseff, há seis anos, em que o IPCA chegou a 10,67%.
Meta estourada – Até aí, nenhuma grande novidade, a não ser que a inflação de 2022, prevista pelo mercado (5,02%), já ultrapassa, também, a meta do próximo ano, de 5%; há um mês, era de 4,63%.
20º aumento – Caso esse avanço mantenha, isso representaria o descumprimento, pelo segundo ano consecutivo, de uma meta de inflação, e o vigésimo aumento seguido.
2023 avança – Mas o problema se estende, pelo menos, ao ano seguinte, pois 2023 teve sua previsão de inflação reajustada de 3,42% para 3,50%, ao passo que 2024, teve sua taxa mantida em 3,1%.
PIB recua – O quadro macroeconômico em que se dá o avanço da carestia não é animador, com direito a recuo de 4,78% para 4,71% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, quando era de 4,93%, há quatro semanas.
Baixo crescimento – Já baixo, o PIB pífio previsto para 2022 caiu ainda mais, passando de 0,58% para 0,51%. Há um mês, a previsão ainda era de 1%. O mesmo se dá em relação a 2023, que deve crescer, agora, 1,95% e não mais 2%. No ainda distante 2024, alguma reação, tímida, de 2% para 2,10%.
Consenso de mercado – De acordo com a pesquisa do Projeções Broadcast, das 51 instituições financeiras consultadas, há consenso de que o próximo aumento da Selic, a ser anunciado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), deverá ser igual ou superior a 1,5 ponto percentual, na próxima quarta-feira (8), atingindo 9,25% ao ano.
Selic a 11,75% a.a. – Metade do universo ouvido aponta que, no fim do ciclo de aperto monetário – previsto, a princípio, para meados do ano que vem – a Selic poderá chegar a 11,75% ao ano (a.a.) ou superior a isso. Para 2023, as projeções para a Selic aumentaram de 7,75% a.a. para 8% a.a., superando os 7,59% ao ano, um mês antes. Para 2024, a taxa básica foi mantida em 7% a.a..
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