Cafés arábica e robusta registram máximas

Apoiados por gargalos de transporte e perspectivas de produção mais baixas, os preços futuros do café ICE Arábica e Robusta subiram para a maior alta em 10 anos nesta segunda-feira.

Após subir para US$ 2,5085 desde o maior nível em outubro de 2011, o café arábica fechou o mês de março com alta de 2,6%, a US$ 2,4985 por libra-peso. Além disso, os preços do café robusta subiram 1,4%, para US$ 2.420 por tonelada em janeiro, após atingir US$ 2.437, o maior nível desde agosto de 2011.

As dificuldades de transporte restringiram o fornecimento de café nos Estados Unidos e na Europa, e o clima severo no Brasil no início deste ano afetou as perspectivas de colheita do próximo ano, de acordo com operadores.

Segundo a associação de exportadores Cecafé, novos dados serão divulgados na sexta-feira, mas de acordo com o governo, em novembro os embarques brasileiros foram menores em mais de 100 mil toneladas. No Vietnã, principal produtor de café robusta, as chuvas interromperam as colheitas e a pandemia de Covid-19 contribuiu para uma escassez de colhedores.

Além disso, com as tendências de energia e os mercados financeiros mais amplos liderando o mercado, os preços do açúcar bruto aumentaram 2,1%, para 19,16 centavos de dólar por libra-peso em março.

Após o surgimento da nova variante da Covid-19 que acabou desencadeando a venda de fundos de muitas commodities, incluindo o açúcar bruto, operadores afirmam que o mercado está recuperando o terreno perdido. No entanto, não se espera impacto direto sobre a oferta ou demanda de açúcar pela variante.

A corretora Marex, disse em nota que, “não temos conhecimento de como a nova variante pode afetar o açúcar, mas duvido que afetará as cadeias de abastecimento ou o consumo”.