Com a alta da Selic , FIIs têm maior perda do ano em novembro

Juros em decolagem, fundos imobiliários (FIIs) em queda livre. A imagem da gangorra se aplica ao que ocorre com esse tipo de título, após a subida vertiginosa da taxa básica de juros (Selic) nos últimos meses – prestes a encostar em dois dígitos, 9,25% ao ano (a.a.) – único instrumento empregado, até agora, sem sucesso, pelo Banco Central (BC) para tentar controlar a inflação, mas eficiente para derrubar o ímpeto de retomada da economia, já em recessão técnica – dois trimestres negativos seguidos.

Pior desempenho – Em decorrência da escalada da Selic, os FIIs amargaram em novembro último, o pior desempenho do ano no mês de novembro (desde março de 2000), com queda de 3,64% do IFIX, que serve de base para esse tipo de aplicação.

Migração acelerada – A explicação para esse desempenho negativo é o aumento da aversão ao risco, em compasso com a alta da Selic, o que levou muitos investidores em FIIs a migrarem para ativos mais conservadores, como a renda fixa.

Resultados diversos – A exceção foi a rentabilidade oferecida pelo fundo ‘SP Downtown’ (SPTW11) – aplicação do tipo ‘tijolo’, voltada a escritórios – que avançou 4,78%. Em contrapartida, o fundo ‘Santander Renda de Aluguéis’ (SARE11) – referente a imóveis comerciais localizados majoritariamente em São Paulo e Rio de Janeiro – que tombou 18,9% no mês passado.

Galpões ficam na lanterna – Já os fundos de recebíveis tiveram perdas inferiores ao Ifix, de 2,2% em novembro último. A lanterninha de queda ficou com o setor de galpões logísticos, que recuaram 8,6% no mesmo período.