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BTG avalia desafios de Nubank (NUBR33), após IPO nos EUA

Após oferta inicial de ações na NYSE, fintech terá de se consolidar no mercado

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Crédito: Yahoo Finanças

Depois da conquista, a expectativa de consolidar o feito. Essa deve ser a expectativa do mercado, de crescimento consistente do Nubank (NUBR33) no mercado internacional, após a fintech brasileira fazer, no início deste mês, sua estreia de oferta inicial de ações (IPO) na Bolsa de Nova Iorque (NYSE – New York Security Exchange), o que lhe rendeu uma avaliação de mercado (valuation) de US$ 43 bilhões e o título de instituição financeira mais valiosa da América Latina.

Envergadura empresarial – Outros dados também dão conta da envergadura empresarial da fintech tupiniquim, acentuam os analistas do BTG, Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, ao descreverem, em documento, o Nubank como instituição conhecida pelo “alto nível de satisfação dos usuários, baixo custo de aquisição de novos clientes e uma participação de 10% nesse mercado, no qual já conta com 48 milhões de usuários”.

Baixa inadimplência – A despeito das críticas de que o Nubank operaria no prejuízo – por trabalhar com tíquetes muito baixos – o entendimento do BTG é de que a fintech ‘pode ser lucrativa’, uma vez que busca selecionar os melhores usuários, o que explica seu baixo índice de inadimplência, em comparação com os demais players desse também seleto mercado.

Retorno pode ter ‘salto’ – Embora reconheça que a receita média por cliente da fintech seja atualmente baixa, o BTG avalia que o Nubank ‘tende a elevar seus resultados, conforme ‘amadureça’ a base de clientes; sejam ofertados novos produtos e novos mercados sejam alcançados. “Uma base de usuários muito grande, uma receita média por cliente crescente e uma eficiência excelente podem levar a um salto muito grande no retorno”, afirmam.

ROE de 30% é desafio – dAinda assim, persiste a dúvida. Embora a Nubank possua uma estratégia ‘muito atrativa’, o questionamento do BTG é se “o seu valor de mercado não estaria sendo superestimado”, pois, para a fintech, “um ‘valuation’ de US$ 43 bilhões demandaria um retorno de capital (ROE, na sigla em inglês) da ordem de 30% em seis anos”.  Por fim, os analistas comparam o perfil do Itaú, que possui um ROE de 20%, mas com sua divisão de varejo atingindo um patamar próximo de 30%.

Cenário complicador – Dentro dessa análise, o BTG também considera um ‘complicador’ o atual cenário macroeconômico do país, marcado por inflação e juros elevados, levando em conta que o Nubank seria mais um banco do que propriamente uma empresa de tecnologia. “E bancos, enquanto crescem, têm necessidades de capital e custos de inadimplência”, observam os analistas. “Nós tememos que essa combinação, de valuation extremamente alto e um momento ruim, podem tornar a ação do Nubank uma aposta muito arriscada”, endossam.

Recomendação neutra – No momento, o preço-alvo da ação do Nubank negociada em Nova Iorque é de US$ 10, com recomendação neutra. Na última sexta-feira (17), o papel da fintech era negociado a US$ 9,3 – queda de 7,05%, no final da tarde. Desde o início de sua negociação, a 9 de dezembro último, a ação da companhia acumula queda de 9,97%. Na B3, o recuo do BDR do Nubank (NUBR33) é de 10,86%, a R$ 8,94.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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