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Exterior em alta; queda do desemprego e greves federais pautam Ibovespa de terça

Estudos atestam ômicron menos letal; desempregados são 13 milhões; ‘agrado’ presidencial abre crise

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Crédito: Valor Econômico

Uma vez aplacado o temor global viral – por conta de estudos recentes da África do Sul, que apontam baixo índice de hospitalização pela variante ômicron – os mercados mundiais aproveitaram o período de menor liquidez para fazer o “Rali do Papai Noel” (Santa Claus Rally), apelido dado ao período que compreende os últimos cinco últimos pregões do ano e os dois primeiros de janeiro próximo, em que é aplicado aumento sobre o preço das ações das companhias nas bolsas americanas.

Viés altista deve continuar – Reflexo do bom momento internacional, o Ibovespa Futuro abriu essa terça-feira (28) em alta de 0,23%, mantendo, assim, o viés positivo da véspera, quando fechou em +0,63% a 105.554 pontos, alavancado pelo desempenho de grandes varejistas no evento natalino.

Futuros ianques avançam – No mercado de juros, por seu turno, o DI para janeiro de 2023 cresce 0,01 ponto porcentual para 11,64%; DI para janeiro de 2025 perde 0,02 pontos-base para 10,54%; e o DI para janeiro de 2027 recuou 0,01 pontos-base a 10,46%. Esse movimento favorável também ocorre nos EUA, em que todos os índices futuros registram avanço (Dow Jones Futuro, +0,22%; S&P 500, +0,22%; Nasdaq, + 0,43%). No ano, o S&P ostenta alta de 27,6%; o Nasdaq, sobe 23,1%; e o Dow Jones avança 18,6%.

Ásia positiva – A reboque do ‘bom humor global’, as bolsas asiáticas fecharam todas positivas, com destaque para o Nikkei nipônico (+1,37%); o Kospi sul-coreano (+0,69%); seguido pelo chinês Shanghai SE (+0,39%) e o lanterninha Hang Seng Index, de Hong Kong, que subiu 0,24%.

Europa no ‘azul’ – Também no ‘azul’, as bolsas europeias – exceção, mais uma vez, do Reino Unido – avançaram, com destaque para o FTSE MIB italiano (+0,83%); o DAX alemão (+0,74%) e o CAC francês (+0,59%). Às 6h50 (horário de Brasília), o índice Stoxx 600 – composta pelas 600 ações de 17 setores econômicos do ‘velho continente’, operava em alta de 0,57%, a 488,26 pontos.

Desemprego cai – Na economia real, o destaque do dia é a ‘queda’ para 12,1% da taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE – referente ao trimestre encerrado em outubro – o que representa um contingente de, pelo menos, 12,9 milhões de brasileiros desempregados. Em outras palavras, no período em análise, ao menos 1,5 milhão de pessoas conseguiram voltar ao mercado de trabalho.

5,1 milhões de ‘desalentados’ – Segundo o instituto, essa é a menor taxa, desde fevereiro de 2020, quando chegou a 11,8%. Ao mesmo tempo, o rendimento médio real da população ocupada acusou retração, pelo quinto trimestre seguido. Até mesmo o número de desalentados (aqueles que não mais procuram emprego) caiu 3,8% – correspondente a 199 mil pessoas – para um contingente total estimado em 5,1 milhões.

Juros têm ‘pico’ do ano – Indicador relevante do custo do dinheiro, a taxa média de juros bancários de empréstimos com recursos livres para Pessoas Físicas e Jurídicas atingiu 34,1% ao ano (o maior de 2021), em novembro último, informou nessa terça (28) o Banco Central (BC), o que representa avanço, ante os 32,7% verificados no mês anterior. Se comparado a igual período de 2020, a alta chega a 7,7 pontos percentuais.

Dinheiro mais caro para famílias – O mesmo estudo do BC revela, ainda, que a taxa média de juros, com recursos livres, às famílias subiu 45,2% ao ano, o equivale a uma elevação de 1,4 ponto percentual, em comparação com outubro último. No que se refere às empresas, a taxa cobrada nos empréstimos, com recursos livres, às empresas foi inferior, em torno de 20,3% ao ano, o que não impediu avanço de 1,4 ponto percentual, também em relação a outubro.

Volume de R$ 4,6 tri – Já o volume global de crédito oferecido pelos bancos registrou aumento de 1,8% em novembro último, ante o mês anterior, ao chegar a R$ 4,6 trilhões, levando em conta empréstimos com recursos livres e aqueles direcionados.

Empresas também pagam mais – Somente para Pessoas Jurídicas, o montante atingiu R$ 1,2 trilhão, o que representa alta de 2,4% em novembro e 16,7%, ante igual mês do ano passado. Neste caso, segundo a autoridade monetária, o destaque cabe às altas dos volumes ofertados nas modalidades de capital de giro (dinheiro empregado diariamente pelas empresas), acima de um ano; antecipação de faturas de cartão de crédito e desconto de duplicatas.

Volume de crédito cresce – Por fim, o saldo de crédito livre a Pessoas Físicas somou R$ 1,5 trilhão em novembro – avanço de 2,4% sobre outubro e 20,8%, em comparação com igual mês de 2020 – com destaque em para os aumentos do volume para crédito pessoal e cartão de crédito.

Expressão da crise – No diário da treta palaciana, o aceno salarial-eleitoreiro do Executivo aos policiais federais está rendendo uma fatura política bem elevada ao mandatário da hora. Isso porque servidores federais decidiram realizar, amanhã (29) às 10h30, assembleia conjunta para deliberação de mais uma paralisação.

Orçamento é epicentro – A crise ‘interna corporis’ do governo foi precipitada com a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Orçamento de 2022, que reservou R$ 1,7 bilhão para efeito de reajuste salarial das forças federais de segurança, além de R$ 800 milhões para agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. Os demais quadros da administração federal ficaram de fora do acerto, a exemplo dos auditores fiscais.

Arbitrariedade presidencial – Quase de imediato, 738 auditores da Receita Federal entregaram cargos de chefia em protesto contra a arbitrariedade presidencial, o que correspondeu a 93% dos delegados em todo o País, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco), entidade que emitiu nota afirmando que a greve afeta todas as áreas, sobretudo alfândegas, portos, aeroportos e a fronteira.

Agropecuários ‘cerram fileiras’ – Seguindo a toada de protesto geral, auditores fiscais federais agropecuários anunciaram que vão ‘cruzar os braços’, ao adotarem ‘operação padrão’ em todo o país, o que significa manter apenas aquelas atividades essenciais à população.

Ironia e agressividade – Diante da reação feroz do funcionalismo federal, o ocupante do Planalto, uma vez mais, procurou se esquivar da crise, por ele mesmo provocada, ao destilar ironia e agressividade, sua marca. “Pode ser que parte vá para o pessoal da Receita [Federal], pode ser para pessoal dos policiais, para ninguém, ou dar menos de 1% para todo mundo”, afirmou, em entrevista coletiva.

Covid cai 36% – No diário da covid, nova queda (-36%) da média móvel de mortes pelo vírus (91), em relação ao patamar de 14 dias antes, segundo informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, +0,25%.

S&P 500, +0,27%.

Nasdaq, +0,51%.

Ásia

Nikkei (Japão), +1,37% (fechado).

Shanghai SE (China), +0,39% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), +0,24% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), +0,69% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), não abriu.

Dax (Alemanha), +0,74%.

CAC 40 (França), +0,59%.

FTSE MIB (Itália), +0,83%.

Commodities

Petróleo WTI, +0,7%, a US$ 76,1 o barril.

Petróleo Brent, +0,55%, a US$ 79,03 o barril.

Minério de ferro, -3,37%, a 673,5 iuanes ou US$ 105,72 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin, -2,47% a US$ 49.395,87 (cotação de um dia).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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