XP Corporate Macaé é ‘lanterna’ dos fundos de investimento imobiliário

‘Lanterninha’ de desempenho dos fundos imobiliários, o XP Corporate Macaé (código XPCM11) amarga o pior desempenho do ano nesse mercado, com perdas acumuladas no ano, até agora, de 55%, de acordo com o ranking do Clube do FII – sigla para fundos de investimento imobiliário – entidade que comporta dados sobre a atividade.

Segunda lanterna – Também na última posição, o XP Corporate Macaé se encontra em relação aos proventos distribuídos aos cotistas, que acusou recuo de 46% em 2021.

Cerne da crise – No cerne da crise de resultado do referido fundo, analistas apontam seu perfil extremamente concentrado, seja em portfólio, como também no que tange a rol de inquilinos.

Petrobras sai de cena – Atualmente, o fundo da XP detém apenas um único imóvel, o edifício The Corporate, no bairro Novo Cavaleiros, em Macaé (RJ), até 2013 ocupado pela Petrobras, que acabou entregando as chaves, em dezembro do ano passado, por conta de uma estratégia de redução de custos, promovida após a investigação Lava Jato.

Receitas ‘evaporaram’ – Com o edifício completamente vazio há um ano, as receitas do fundo imobiliário ‘evaporaram’, sem que fosse possível encontrar outro ocupante para o prédio, até o momento.

Multa é fonte de receita – Ironia ou não, a única fonte de receita disponível é a decorrente da multa rescisória de R$ 37,1 milhões, a ser paga pela Petrobras, ao longo dos próximos anos.

Confiança na retomada – No último comunicado ao mercado, o fundo afirmou “estar confiante na retomada da indústria do petróleo no Norte Fluminense, assim como com o recuo da pandemia, no próximo ano’, sem contar a atual vacância de 32% do mercado imobiliário macaense.

40% off – O ano termina com o XP Corporate Macaé valendo 40% de seu valor patrimonial, hoje avaliado em R$ 130 milhões.