Ações, Units e ETF's
Bradespar (BRAP4) distribui proventos e XP atualiza estimativas para a companhia
A corretora mantém Compra com novo preço-alvo de R$ 32,8 por ação
A Bradespar (BRAP4) anunciou recentemente a distribuição de proventos e, por conta disso, a XP Investimentos atualizou as estimativas para a companhia.
“Mantemos nossa recomendação de compra com novo preço-alvo de R$ 32,8 por ação. Antes, o target estava em R$ 37,5 por ação”, informou a corretora.
E disse mais: “para esta atualização, incorporamos os níveis de caixa mais baixos da holding em razão da forte distribuição de caixa recente.”
XP Investimentos – Bradespar (BRAP4)
A XP se diz otimistas com a BRAP devido ao significativo potencial de valorização da Vale, e mantém desconto de holding justo de 20%. “Isso porque preferimos Vale em vez de Bradespar.”
A corretora incorporou, também, a robusta redução de caixa da BRAP em razão da entrega das ações de Vale aos acionistas.
A Redução de Capital foi implementada em 20 de dezembro de 2021 seguindo a proporção de 0,332373453 ação de emissão da Vale para cada ação de emissão da BRAP. Adicionalmente, foram pagos dividendos no montante de R$ 6,04/ação. Com isso, a holding ficou com um Caixa Líquido de R$ 291.441 (ante a R$ 4.578.380 antes do pagamento).
“Devido à estrutura de holding, nossa visão otimista de BRAP está diretamente correlacionada com a da Vale. Mesmo considerando uma curva de minério de ferro mais conservadora no futuro (já incorporando riscos envolvendo a economia chinesa), ainda vemos a mineradora registrando um fluxo de caixa livre sólido e fortes dividendos nos próximos anos. Em termos de valuation, vemos a Vale sendo negociada a 3,3x EV/EBITDA 2022 e isso se compara aos pares australianos de 4,3x”, destacou.
Principais riscos
Para a XP, os principais riscos para a tese de investimento na Vale são aqueles relacionados à recuperação da demanda na China.
“Mesmo que a crise energética na China tenha começado a diminuir e as restrições à produção de aço também estejam sendo reduzidas gradualmente, a demanda poderá não se recuperar completamente conforme os projetos de construção chegam à conclusão e o pipeline de novos projetos diminui”, ressaltou.
E complementou: “o governo chinês vem tentando equilibrar a contenção das especulações excessivas no setor imobiliário sem gerar desaceleração demasiada do PIB, mas poderá fracassar, resultando em um pouso forçado. Outros riscos relevantes são o novo acidente em uma das barragens da Vale (atualmente existem 3 barragens sinalizadas como “Nível de Emergência 3”); o aumento da taxa de royalties cobrada no Brasil. Em relação à Bradespar, o principal risco é a Ação Indenizatória movida contra ela pela Litel Participações, que cobra da empresa o montante de R$ 1,41 bilhão, que equivale a uma perda potencial de R$ 3,56 por ação.”
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