Fundos Imobiliários - FII's
Defasagem de preços aquece demanda por fundos de investimento imobiliário (FII)
Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) saltou 8,8% em dezembro, ante o mês anterior
Com preços defasados (muito abaixo de seu valor patrimonial), a demanda por ativos imobiliários ficou aquecida na reta final do ano passado, quando o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) saltou 8,8% em dezembro, para novembro últimos (maior alta em dois anos), o que serviu para amenizar parte das perdas dos meses anteriores. No ano, o Ifix ainda recuou 2,3 %.
Alvo preferencial – O alvo preferencial dos investimentos foram os fundos de shopping centers, galpões logísticos e prédios corporativo, cujas cotas estavam sendo negociadas em bolsa, com descontos, em média, de 20% a 25%, retratando uma realidade distinta de antes da pandemia, quando o valor dos fundos superava até o valor patrimonial.
‘Fundos de tijolos’ – Ao apontar o chamado ‘fundos de tijolos’ como responsável pela recuperação dos fundos em dezembro último, o analista do BTG Pactual, Daniel Marinelli, calcula que, no último mês do ano, os fundos de shoppings tiveram ganhos de 13%, seguidos dos galpões (10%) e prédios corporativos (7%). Na segunda fila das preferências, vêm os fundos de recebíveis (4%), enquanto os fundos de fundos avançaram 9%.
Prédios corporativos – Como exemplo, o BC Fund, o maior entre os fundos de prédios corporativos, cresceu 15% em um mês, descrevendo movimento inverso, uma vez que a pandemia vem recuando, nos últimos meses. Já o XP Malls, maior de shoppings, avançou outros 15%.
Ampliação de uso – “Isso deverá contribuir para ampliar o uso desses imóveis”, assinala o analista da Guide, Caio Ventura, ao acrescentar que fundos de shopping também têm observado nas vendas dos lojistas, assim como maior demanda por visitas de consumidores. Ao mesmo tempo, prédios corporativos mantêm a expectativa de retorno dos trabalhadores, do regime home office à forma presencial.
‘Busca voraz’ – A ‘volta por cima’ dos FIIs (fundos de investimento imobiliário) foi precipitada em dezembro último, quando investidores concluíram que os descontos aplicados nos fundos estavam ‘exagerados’, ´passando, em seguida, uma busca voraz por esses ativos.
Volatilidade à vista – A despeito das boas notícias, analistas acentuam que o salto do Ifix no final do ano passado não significa o início de um período contínuo de alta, pois o setor deverá continuar volátil, em razão de fatores como inflação e juros altos, incertezas fiscais e polarização política.
Impacto desconhecido – Também persiste a dúvida quanto ao impacto, para os inquilinos, dos reajustes dos aluguéis dos imóveis, em linha ou acima da inflação, o que mantém sob pressão a rentabilidade de tais ativos.
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