Perdas por estiagem já atingem 60% das lavouras de milho no RS

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) apresentou, nesta quarta-feira (5), os dados da Rede Técnica Cooperativa (RTC) que apontam para os problemas causados pela estiagem que atinge o Rio Grande do Sul. De acordo com a FecoAgro, a situação deve provocar perdas irreversíveis na lavoura de milho e soja da safra 2021/22.

Até o momento, a produção gaúcha de milho sequeiro alcança uma baixa de 59,2%, enquanto no milho irrigado a redução é de 13,5%. Nas plantações de soja, a perspectiva atual é de quebra de 24%, mesmo ainda com a semeadura completando 93% da área total no Estado.

Em nota, o presidente da federação, Paulo Pires, disse que foram registradas chuvas isoladas em alguns pontos, o que amenizou a situação das lavouras, mas os prejuízos ainda se mantém. “Este era o momento em que o produtor deveria se capitalizar, inclusive com preços que estão ajudando, mas os custos de produção já serão muito altos e iniciamos 2022 de forma melancólica. Já existe uma mobilização das entidades para que tenhamos ações dos governos federal e estadual a fim de socorrer os afetados. Agora, os produtores terão que criar mecanismos para vencer este momento de dificuldade”, salientou.

As lideranças rurais do Estado já solicitaram medidas, como a prorrogação de dívidas financeiras dos produtores e políticas de armazenagem de água.