Bancos
Digitalização imposta pela pandemia já ‘cortou’ mais de 2,3 mil agências em dois anos
Uso exponencial de meios eletrônicos por usuários é apontado como uma das causas do fenômeno
A digitalização acelerada da economia brasileira, nos últimos dois anos, por conta do agravamento da crise pandêmica, eliminou 2.324 agências bancárias do país nesse período, o que equivale a 12% do total existente, segundo informe do Banco Central (BC).
Fatores determinantes – Contribuíram efetivamente para esse recuo – de 19.964 agências, no final de 2019, para 17.640, em dezembro último – fatores, como a ampliação do uso de serviços financeiros por meios eletrônicos; o surgimento das fintechs e a adoção de medidas de redução de custos com operações de M&A (fusões de aquisições) no setor bancário, este último já em andamento há alguns anos. Voltando um pouco mais no tempo, no final de 2013, o país dispunha de 22.918 agências – 23% acima do que atualmente.
Medida preventiva – Com o novo surto derivado da variante viral ômicron, agências chegaram a interromper o atendimento presencial em algumas cidades, como medida preventiva contra eventual contaminação, como também pelo adoecimento de funcionários pela enfermidade, que atingiu 500 bancários, somente na região metropolitana da capital paulista.
Protocolos de segurança – Para enfrentar o problema, além do fechamento de algumas agências, os bancos estão sendo seguidos os protocolos de segurança, que incluem a sanitização do local, afastamento das pessoas com suspeita de contaminação, e testagem dos funcionários”.
Febraban garante – Ainda a respeito do problema pandêmico, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu nota, na qual afirma que “os bancos brasileiros têm assegurado as condições de um ambiente de trabalho com o máximo de proteção à saúde, tanto para os funcionários quanto para os clientes, tendo adotado protocolos rígidos de proteção sanitária”.
Rede pública menor – No momento, a maior disponibilidade de agências é do setor público, sobretudo pelo Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF), que estão presentes nos 5.568 municípios do país, apesar de ter havido redução expressiva de rede de agências, devido a restrições orçamentárias, que provocaram cancelamentos de concursos e incentivo a programas de desligamento voluntário de pessoal.
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