PIB do Brasil fica na ‘lanterna’ mundial de crescimento em 2022

Pior desempenho econômico entre os países, o Brasil deverá apresentar uma economia ‘estagnada’ este ano, apontou, nessa terça (25) relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), ao prever um amento de apenas 0,3% do PIB nacional para 2022.

Pessimismo aumenta – A nova projeção representa um maior grau de pessimismo do Fundo com relação a Brasil, uma vez que a instituição havia previsto, em outubro último, expansão de 1,5%, que já representava nova queda ante estimativa feita em julho, de um crescimento de 2,6%. Entre os fatores determinantes das sucessivas revisões de crescimento, o FMI aponta “a aceleração da inflação e a consequente elevação da taxa de juros”.

Queda para 2023 – Também revisada para baixo – de 2% para 1,6% – foi a previsão do Fundo para o PIB tupiniquim em 2023, igualmente em razão da manutenção, em patamares elevados, das taxas de juros, tendo em vista combater a inflação.

Selic em elevação – Depois de baixar para 2% ao ano – o ‘menor nível da história’ – por conta do recuo econômico decorrente da pandemia em 2020, a taxa básica de juros (Selic) foi sendo reajustada gradualmente pelo Banco Central (BC), até chegar aos atuais 9,25% ao ano, com previsão de atingir dois dígitos (11,75% ao ano) no final deste ano, conforme o Boletim Focus, que também projetou avanço de apenas 0,29% do PIB brasileiro em 2022.

Lanterna mundial – À frente do Brasil em desempenho econômico estão África do Sul (+1,9%); México (+2,8%); Estados Unidos (+4%); China (+4,8%) e Índia (+9%). A performance do PIB nacional, acrescenta o FMI, deverá ficar abaixo, inclusive, da média de crescimento mundial, de 4,4% este ano, como também em relação à América Latina e Caribe (+2,4%); economias emergentes (+4,8%) e a Zona do Euro (+3,9%).