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Itaú constitui fundo ‘Polaris’ para captação de empresas unicórnios
Maior banco privado nacional pretende captar até R$ 200 mi em startups com capital de US$ 1 bi
Sem perder tempo, uma vez aberta a temporada de caça aos unicórnios – startups ou aceleradoras de empresas, que dispõem de um capital de, pelo menos, US$ 1 bilhão — o Itaú acaba de constituir o fundo de captação Polaris, com o objetivo de captar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões, com retorno de 15% a 25% ao ano.
Aplicação mínima – Com prazo para receber investimentos até março próximo, o novo fundo terá aplicação mínima de R$ 50 mil; taxa de administração de 1%; taxa de performance de 10% acima do IPCA + 6% ao ano. Findo o prazo de captação, os resgates não poderão ser feitos por 14 anos.
Só no quinto ano – Inicialmente restrito para captação junto a investidores profissionais (que detêm patrimônio superior a R$ 10 milhões), o fundo deverá proporcionar retorno aos cotistas apenas a partir do quinto ano, à medida que ‘maturarem’ os investimentos. Num segundo momento, o Itaú pretende lançar novas versões do Polaris a cada ano.
Além do ‘pacote’ – Mas a ‘jogada’ Polaris do maior banco privado nacional vai muito além dos unicórnios, pois se estende a produtos de outras gestoras, com perfil mais amplo do que o tradicional ‘pacote’ bolsa, dólar e juros, uma demanda que surgiu da própria clientela.
Gestoras brazucas – Outra característica do Polaris é que os investimentos serão realizados em gestoras brasileiras, em que parte dos recursos se destinará a empresas e projetos de outros países da América Latina.
Mercado complexo – Ante a ‘complexidade desse mercado’ o surgimento de novos gestores, o encarregado da diretoria de “fundos de fundos” do Itaú, Pedro Barbosa, explica que “os clientes passaram a ter mais dificuldades de avaliar em qual fundo entrar”.
Entre os segmentos na mira do fundo criado pelo Itaú também estão:
- Private equity: compra de participações em empresas de grande porte;
- Venture capital: compra de participações em empresas em estágio inicial, as candidatas a “unicórnio”;
- Real Estate: imobiliário.
- Private Debt: crédito para empresas.
- Infraestrutura: transportes, energia e comunicações.
- Recursos naturais: terras agrícolas, florestas e água.
Diferentes alternativas – De acordo com fontes, a estratégia do Itaú é permitir ao investidor do fundo estar ‘exposto’ a diferentes alternativas de investimento, sem limite mínimo ou máximo de alocação em nenhuma categoria.
Ativos de R$ 30 bi – Após 15 anos oferecendo investimentos diversificados aos seus clientes, a instituição financeira hoje conta com R$ 30 bilhões de ativos, correspondentes a 70 investimentos.
Selic preocupa – A única preocupação do Itaú com a iniciativa, porém, é com a trajetória de alta da taxa básica de juros, a Selic, próxima de ultrapassar dois dígitos, o que reduz sobremaneira a atratividade de aplicações de maior risco, mas igualmente maior potencial de retorno.
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