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Economia

Dados da balança comercial alemã em julho indicam recuperação lenta da economia

A expectativa de economistas é que a maior economia da Europa volte a crescer no terceiro trimestre devido aos níveis maiores de atividade no país e em seus principais parceiros comerciais.

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Dados publicados nesta terça-feira, 08, mostram que as exportações alemãs continuaram muito abaixo dos níveis pré-crise no mês de julho, apesar de um aumento de 4,7% no mês. Os números reforçam os sinais de recuperação lenta da economia da Alemanha após a crise decorrente da pandemia do coronavírus.

De acordo com o Escritório Federal de Estatísticas, as importações aumentaram apenas 1,1% no mês, levando o superávit comercial ajustado sazonalmente a 18 bilhões de euros.

A expectativa de economistas é que a maior economia da Europa volte a crescer no terceiro trimestre, com os níveis maiores de atividade doméstica e em alguns dos principais parceiros comerciais da Alemanha após o cancelamento das quarentenas em abril.

Entretanto, a demanda fraca de grandes economias que ainda estão lidando com a pandemia, como os Estados Unidos, está impedindo uma recuperação mais forte.

No mês de julho, o volume de exportações para os Estados Unidos foi 17% menor na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as exportações para a China, que está vivendo uma recuperação mais acentuada que os Estados Unidos, foram apenas 0,1% menores.

“Embora os números de hoje sejam boas notícias para nossa estimativa de crescimento do PIB…. (no segundo semestre do ano) e sugiram que o setor exportador está florescendo novamente, não devemos nos deixar levar por estes números”, afirmou o economista-chefe para a zona do euro do ING, Carsten Brzeski.

“Eles ainda são parte de uma recuperação mecânica. Na verdade, o setor exportador alemão ainda está sofrendo com desafios estruturais, incluindo tensões comerciais, Brexit e interrupções na cadeia global de suprimentos, assim como dificuldades que seus principais parceiros econômicos estão enfrentando para lidar com o vírus”, acrescentou.

A economia alemã sofreu uma contração recorde de 9,7% entre abril e junho devido ao colapso no consumo das famílias, investimentos das empresas e comércio no auge da pandemia de Covid-19. Em julho, as exportações ainda estavam 12% abaixo dos níveis de fevereiro.

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