Economia
Subida dos juros nos EUA ‘derruba’ volume de captações externas
Aperto monetário de bc ianque reduziu ímpeto de busca de recursos com emissão de dívida
À medida que aumentava, a partir do final do ano passado, o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) – banco central dos EUA – para o controle da inflação ianque, as captações externas de recursos via emissão de títulos por companhias nacionais começaram a minguar.
Apenas quatro – Exemplo disso é que, ante a um quarto trimestre de 2021 fraco, a expectativa dos bancos era de que, ao menos, entre dez e 15 companhias fariam emissões, mas apenas quatro delas o fizeram – Bradesco, Banco do Brasil, TV Globo e Açu Petróleo – mediante operações com taxas de juros mais elevadas.
Metade de 2021 – De outra forma, ao contrário do que ocorre normalmente, a colocação de títulos de dívida no exterior, geralmente aquecida em janeiro, mostrou um volume 50% inferior a igual mês de 2021, correspondendo a um montante de US$ 2 bilhões, contra US$ 5,3 bilhões, no primeiro mês do ano passado e US$ 3 bilhões registrados em 2020.
Rating superior – Nas últimas semanas, foram feitas duas outras captações no exterior, com rating superior ao praticado no país, realizadas pelo Itaú BBA International, no valor de US$ 164 milhões, junto ao mercado de dívida da Suíça, e outro pela JBS USA, que captou US$ 1,5 bilhão, por meio de papéis com grau de investimento.
‘Melhor momento’ – No que se refere à perspectiva no futuro imediato, a avaliação dos bancos de investimento é que as empresas deverão aguardar ‘um melhor momento’ para a retomada das emissões, uma vez que o Fed programa de cinco a sete altas consecutivas das taxas de juros, somente este ano.
Sem apetite – Volatilidade excessiva do mercado internacional acaba ‘tirando o apetite’ do investidor por novas emissões, observa o gestor da Octante, Laszlo Lueska, ao prever que as captações deverão se concentrar nesse primeiro trimestre, em razão do processo eleitoral, no final do ano.
Impacto direto – Frustração nesse início de 2022 é o que admite o responsável pela área de emissão de dívida local e internacional do UBS BB, Samy Podlubny, ao acentuar que a elevação dos juros ianques, em janeiro último acabou tendo impacto direto nas taxas pagas pelas empresas.
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