Francesa Total renuncia operação em cinco blocos na Foz do Amazonas

A petroleira francesa Total não vai mais atuar como operadora de cinco blocos para exploração de petróleo e gás na bacia da Foz do Amazonas, localizada a aproximadamente de 120 quilômetros da costa.

A companhia vem enfrentando dificuldades de licenciamento ambiental das áreas, que estão localizadas em região considerada sensível por ativistas ambientais. Ela tem como sócias a Petrobrase a britânica BP.

“A Total informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desta decisão, que abre um período de seis meses durante o qual será nomeado um novo operador, para o qual serão transferidas as atividades de operação”, afirmou a empresa.

Em nota, a Total acrescentou: “Durante este período, a Total continua monitorando todos os processos regulatórios em nome de seus parceiros Petrobras e BP.”

A decisão já foi informada aos parceiros da companhia desde o dia 19 de agosto, e publicada com exclusividade pela agência de notícias epbr. Os lotes em questão são o FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127.

A Bacia da Foz do Amazonas fica na costa do Estado do Amapá e da Ilha do Marajó, no Pará, onde se encontra o maior cinturão contínuo de manguezais do planeta, bem como recifes de corais.

A Total e seus parceiros arremataram os blocos exploratórios na Foz do Amazonas em maio de 2013, na 11ª Rodada de Licitações da ANP.

Um campanha em defesa dos corais amazônicos e contra a exploração de petróleo no local foi lançada anteriormente pelo Greenpeace.