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Exterior negativo; emprego em baixa nos EUA e Selic a 12% a.a. pesam sobre Ibovespa de quinta

‘Tombo’ de 21% das ações da Meta (Facebook) derruba mercados mundiais; cai oferta de trabalho ianque e taxa básica pode subir mais

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Foto divulgação

Sinal da fragilidade dos mercados mundiais, em tempos de inflação sem controle, apertos monetários e situação geopolítica explosiva no Leste Europeu, a queda de mais de 21% das ações da Meta Platform (Facebook) no after market – após o balanço da empresa de tecnologia apresentar lucro por ação e margens de lucro inferiores ao esperado – foi a ‘senha’ suficiente para ‘contaminar’ todo o setor de tecnologia, que passou a operar no negativo, sendo acompanhado pelos índices futuros ianques (Dow Jones, -0,25%; S&P 500, -1,05%; Nasdaq, -2,14%).

‘Desaceleração no crescimento’ – A divulgação de resultados trimestrais, aquém da expectativa do mercado, pela Meta, contribuiu para o recuo de 16% dos papéis do Snap; 8% do Twitter e 10,2% do Spotify, que despencaram, após a empresa admitir ‘desaceleração no crescimento do número de assinantes’.

Emprego recua – Também afeta os negócios ianques a divulgação de dados negativos sobre emprego nos EUA, que apresentou queda de 301 mil vagas na folha de pagamento do país (payroll, na sigla em inglês), ante uma previsão de criação de 200 mil novos postos de trabalho. Uma das explicações para o desempenho frustrante seria a nova onda pandêmica que se abate sobre o Tio Sam.

Reviravolta da véspera – A reviravolta do mercado ocorre algumas horas após impulso dado, na véspera (2) pela valorização de 7,3% dos papéis da Alphabet animar os mercados – avanço de 200 pontos do Dow Jones; a alta de 0,9% do S&P e do Nasdaq, que subiu 0,5%. No radar do investidor, a divulgação dos balanços das megacorporações ianques, Amazon e Ford.

A vez do BCE – Outro teste para os negócios mundiais será a divulgação de informações da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) e do Banco Central da Inglaterra (BoE), com expectativa de elevação, entre 0,10 ponto percentual e 0,25 ponto percentual os juros britânicos.

Maior desde 2017 – Ainda falando de juros, repercute nas cotações nacionais o reajuste, ontem (2) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de 1,5 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), agora alçada ao patamar de 10,75% ao ano – a maior, desde 2017 e a oitava alta seguida desde março último.

Selic a 12% ao ano? – Apesar de ter sinalizado ‘redução do ritmo de reajuste da Selic’, a autoridade monetária, (conforme admitiu o presidente Roberto Campos Neto, recentemente) poderá subir ainda mais a taxa, inclusive, até a máxima de 12% ao ano estimada pelo mercado, caso a inflação em ascensão assim o justifique.

Folga só em 2023 – Dentro dessa perspectiva, a economista-chefe da Panamby Capital, Tatiana Pinheiro, projeta para março próximo a que seria a última alta da Selic (de um ponto percentual), previsão idêntica feita pela economista sênior da LCA, Thais Marzola Zara, ao estimar que os juros só deverão ‘dar folga’ no ano que vem.

Ásia mista – Ainda funcionando parcialmente, devido ao feriado do Ano Novo Lunar, as bolsas asiáticas tiveram desempenho misto, a exemplo do recuo de 1,06% do Nikkei japonês, em contraponto ao avanço de 1,67% do Kospi sul-coreano, enquanto permaneciam inativos o Shanghai SE chinês e o Hang Seng Index de Hong Kong.

Stoxx 600 cai – No velho continente, o índice Stoxx 600 – formado pelas ações de 600 empresas dos principais setores de 17 países europeus – recuava 1,35% a 470,56 pontos, ‘puxado’ negativamente pelo setor de tecnologia, em meio a preocupações com a subida de 5,1% da inflação na Zona do Euro – superando a estimativa de uma alta não superior a 4,4% – assim como a elevação de 26,2% do Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Zona do Euro, em janeiro último, para igual mês de 2021 e de 2,9%, ante dezembro passado. Nesse momento, todos os índices locais recuam, como o britânico FTSE 100 (-0,1%); o DAX alemão (-0,53%); o CAC 40 francês, -0,29% e o italiano FTSE MIB, -0,36%.

Risco iminente – Além desses fatores, a região continua a ser sacudida pelo risco iminente da Ucrânia pela Rússia, que deverá ter revide por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), já posicionada na área de conflito.

Petróleo recua – No campo das commodities, a tensão geopolítica contribui para que os preços do petróleo registrem baixas, como o tipo WTI, que caiu 0,71%, a US$ 87,64 o barril; e o Brent, que recuou 0,63%, a US$ 89,93 o barril, um dia após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e associados (Opep+) – que inclui o ‘urso russo’ – anunciar aumento da produção diária em 400 mil barris. Já o minério de ferro, ainda por conta do feriado asiático, continua sem movimentações.

Covid mata 179.962 – No diário da Covid, o vírus chinês matou 179.962 brasileiros, na média móvel em sete dias, o que corresponde a uma alta de 63% em relação ao patamar de 14 dias antes, informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, -0,25%.
S&P 500, -1,05%.
Nasdaq, -2,14%.

Ásia

Shanghai SE (China) – não abriu.

Nikkei (Japão), -1,06% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong) – não abriu.

Kospi (Coreia do Sul), +1,67%.

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), -0,1%.

DAX (Alemanha), -0,53%.

CAC 40 (França), -0,29%.

FTSE MIB (Itália), -0,36%.

Commodities

Petróleo WTI, -0,71%, a US$ 87,64 o barril.

Petróleo Brent, -0,63%, a US$ 89,93 o barril.

Minério de ferro – Bolsa de Dalian (China) não abriu.

Criptomoedas

Bitcoin, -3,63%, a US$ 36.990,59.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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