Na Alemanha, pesquisadores criam porcos para transplante de coração em humanos

Cientistas alemães anunciaram que planejam clonar e criar porcos geneticamente modificados para servir como doadores de coração para humanos. A ideia ganhou força depois que, no mês passado, um animal criado nos Estados Unidos foi usado no primeiro transplante de porco para humano do mundo.

A equipe da Universidade de Medicina de Maryland transplantou um coração com dez modificações em um homem com doença terminal. O paciente segue respondendo bem, embora ainda haja riscos de infecção, rejeição de órgãos ou pressão alta.

Segundo Eckhard Wolf, cientista da Universidade Ludwig-Maximilians (LMU) em Munique, informou que a equipe alemã pretende tuilizar uma nova espécie para o exerimento, modificada da raça da ilha de Auckland, pronta para testes de transplante até 2025. “Nosso conceito é avançar com um modelo mais simples, ou seja, com cinco modificações genéticas”, disse Wolf.

Wolf, que pesquisa transplantes de animais para humanos há 20 anos, disse que sua equipe usaria tecnologia de clonagem para gerar “os animais fundadores”. E que os corações da primeira geração, que deve nascer este ano, serão testados em babuínos antes que a equipe busque aprovação para um teste clínico em humanos. O que deve acontecer no prazo de dois ou três anos.

Os transplantes são usados em pessoas diagnosticadas com falência de órgãos que não têm outras opções de tratamento. Na Alemanha, 8.500 estão na lista de espera, de acordo com a Organ Transplantation Foundation do país.