Mapa amplia períodos de vazio sanitário para cultura da soja em 2022

Nesta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 516 onde estabelece que durante o ano de 2022, os Estados produtores em todo o País deverão seguir os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja.

O período de vazio sanitário dura, no mínimo, 90 dias e visa controlar a doença da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, reduzindo o inóculo da doença e minimizando os impactos negativos durante a próxima safra. Durante o período, em toda área determinada, não será possível plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento.

De acordo com a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro, “o vazio sanitário da soja é uma medida consolidada, que já vinha sendo adotada por 14 estados produtores de soja nos últimos anos. No entanto, para reforçar a sua importância e aumentar os seus efeitos, o Mapa ampliou sua abrangência para 21 unidades da federação, além de aumentar o período mínimo obrigatório de ausência de plantas semeadas ou voluntárias no campo de 60 para 90 dias”.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, a soja atingiu uma produção de 134 milhões de toneladas, sendo o principal produto de exportação brasileira.

O Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), instituído pela Portaria nº 306/2021, tem como objetivo fortalecer o sistema de produção agrícola da soja, aplicando estratégias de defesa sanitária vegetal com assistência técnica e suporte de pesquisa agrícola para prevenção e controle da doença.

Considerada uma das mais severas doenças que atingem a cultura da soja, a Ferrugem Asiática pode ocorrer em qualquer etapa do seu desenvolvimento.

O Ministério da Agricultura coordena as ações do PNCFS, mas é responsabilidade de cada estado fiscalizar e dar suporte aos demais procedimentos.

Confira abaixo o calendário determinado pelo Mapa: