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Bolsas mundiais no azul; recuo do petróleo e do minério impactam Ibovespa de quarta

Aperto monetário ‘precificado’ e conflito militar contido franqueiam altas de mercados; commodities registram perdas na sessão

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Crédito: Suno

Enquanto o urso russo dorme, a Ucrânia continua preservada e as cotações do petróleo ‘bambeiam’, o mundo vai à luta, crescendo, de preferência. É mais ou menos isso que ocorre, no momento, no atual cenário tinto de azul, em que os mercados mundiais, a cada dia, melhor precificam o ‘tranco’ monetário de Federal Reserve (bc estadunidense) e seus pares na Europa, em marcha, a título de combater a persistente inflação – de 7,2% no ano passado nos EUA, a maior em quatro décadas – mas também constitui sinal evidente de vigor econômico mundial, ante os percalços fatais da pandemia.

Índices em alta – Como reflexo, os índices ianques apresentam viés de alta (Dow Jones, +0,52%; S&P 500, +0,63%; Nasdaq, +0,74%), em sessão marcada por nova rodada de resultados corporativos, como já fizeram, no início da semana, as gigantes Harley-Davidson , Chegg , DuPont e Centene, todas em comum com resultados mais positivos do que os estimados. Também é grande a expectativa em relação à divulgação, amanhã (10) do relatório do Índice de Preços ao Consumidor, que dará mais contornos sobre o desempenho da inflação local.

Fed pode ‘subir tom’ – Com o avanço de preços já projetado e o emprego em alta (criação de 430 mil novas vagas em janeiro último) nos EUA, a percepção dos mercados é de que o Fed deverá ‘subir mais o tom’ do aperto monetário, ou seja, aplicar sete e não apenas cinco reajustes das taxas de juros locais (aumento de 0,5 ponto percentual, a cada majoração), como previsto a princípio, antecipou o Bank of America (BofA).

Apple e Microsoft – Ainda assim, as gigantes da tecnologia Apple e Microsoft, se distanciando da funesta Meta, registraram altas das respectivas ações em Wall Street, ao mesmo tempo em que os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA mantiveram trajetória de elevação, o que puxou a valorização dos papéis dos bancos. Atualmente em recuo, os títulos de Tio Sam acabam ‘abrindo margem’ para a renda variável, turbinando, assim, os índices futuros locais.

Temporada aberta – Na temporada estadunidense de balanços, é a vez de CVS Health , Fox Corp., GlaxoSmithKline e Yum Brands divulgarem seus resultados, ao longo da sessão, enquanto Disney , Mattel , MGM Resorts e Uber Technologies fazem o mesmo, depois dela.

Stoxx 600 avança – Na mesma toada, na Europa, os índices do ‘velho continente’ avançavam consistentemente, a exemplo do britânico FTSE 100 (+ 0,61%; o alemão DAX (+1,24%) o francês CAC 40 (França), (+1,60%) e o italiano FTSE MIB (+1,64%). No mesmo instante, o índice continental Stoxx 600 – formado pelas 600 ações de 17 segmentos econômicos da região – crescia 1% nessa sessão (9), marcada pela recuperação das ações de tecnologia.

Adien NV dispara – Exemplo disso é a disparada de 11% das ações da Adien NV, companhia holandesa de pagamentos online que divulgou crescimento de receita no segundo semestre do ano passado (2S21), conforme a expectativa de analistas. Ao mesmo tempo, a Amundi AS – maior gestora de ativos da Europa – registrava a maior valorização de seus papéis em um ano, em decorrência do sucesso de seu processo de captação de clientes.

Fala exagerada – Assim como os títulos ianques, igualmente os prêmios europeus recuam nessa sessão (9), em que as bolsas locais ainda repercutem a fala de François Villeroy, dirigente do Banco da França, para quem “os investidores podem ter reagido de forma ‘exagerada’ ao giro restritivo do Banco Central Europeu (BCE)”, que manteve inalteradas suas taxas.

Ásia positiva – Também em evolução favorável, as bolsas asiáticas registravam ganhos, como o chinês Shanghai SE (+0,79%); o nipônico Nikkei (+1,08%); Hang Seng Index, de Hong Kong (+2,06%) e o sul-coreano Kospi (+0,81%). Já Cingapura, seguindo o movimento ascendente, ganhou 0,54%; a Indonésia subiu 0,66% e Sydney (Austrália) valorizou 1,14%.

Momento de alta – No destaque corporativo, as altas em série das ações da Alibaba (+6,83%); Tencent (+2,72%) e da Netease (4,88%). No Japão, os papéis do SoftBank Group subiram 5,85%, depois que o conglomerado japonês divulgou a intenção de abrir o capital da Arm, que enfrentou ‘colapso’ nas vendas planejadas da unidade para a Nvidia.

Petróleo recua – No campo das commodities, ainda que pressionados por um conflito armado planejado pela Rússia (um dos maiores produtores mundiais de petróleo e integrante do cartel do produto, a Opep+), que mantém explosivamente aquecidas suas cotações, o petróleo tipo WTI, recuava 0,25%, a US$ 89,09 o barril na sessão, ao passo que o tipo Brent (referência mundial) igualmente perdia 0,23%, a US$ 90,54 o barril. Entre as preocupações de traders, a tensão geopolítica do Leste Europeu, assim como a retomada das negociações ianques com o inimigo iraniano.

Pequim detona minério – Em contraste com a valorização da semana anterior, o minério de ferro recua forte (-5,90% a 781 iuanes ou US$ 122,79, na bolsa de commodities chinesa de Dalian, sob o impacto do anúncio de medidas pelo governo de Pequim, no sentido de ‘estabilizar’ os preços da commodity, que estariam sendo ‘manipulados’, na visão das autoridades chinesas.

No mundo critpo, o Bitcoin, embora em queda, ostentava cotação de US$ 44 mil.

IPCA a 10,38% – No front interno, além dos fatores como o resultado frustrante do Bradesco e a tensão por uma decisão iminente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a venda da Oi móvel, o mercado brazuca avalia o avanço do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) de 0,56% em janeiro último – recorde do mês em seis anos – acumulando 10,38% em 12 meses, pouco acima dos 10,06% captados em 2021. Em todos os comparativos, o índice supera o centro da meta inflacionária de 3,5% para este ano, apontou o IBGE.

Alimentação lidera – Entre as nove classes de despesas que compõem o IPCA, os maiores aumentos foram verificados   em alimentação e bebidas (de 0,84% para 1,11%), habitação (de 0,74% para 0,16%), despesas pessoais (de 0,56% para 0,78%), educação (de 0,05% para 0,25%) e comunicação (de 0,34% para 1,05%).

Varejo cai 0,1% – Já o volume de vendas do comércio varejista nacional, de novembro para dezembro últimos, (também calculado pelo IBGE) acusou recuo de 0,1%, que chega a 2,9%, se comparado a dezembro de 2020. Para especialistas, o resultado superou a expectativa inicial, de uma queda de 0,5%, em igual período. Na agenda, o Banco Central (BC) divulga, no início da tarde, o fluxo cambial semanal.

Covid mata 164.327 – No diário da Covid, o vírus chinês matou 164.327 brasileiros, na média móvel de sete dias, o que representa alta de 2% em relação ao patamar anterior, de 14 dias, informou o consórcio de veículos de imprensa.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, +0,52%.

S&P 500, +0,63%.

Nasdaq, +0,74%.

Ásia

Shanghai SE (China), +0,79% (fechado).

Nikkei (Japão), +1,08% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), +2,06% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), +0,81% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +0,61%.

DAX (Alemanha), +1,24%.

CAC 40 (França), +1,60%.

FTSE MIB (Itália), +1,64%.

Commodities

Petróleo WTI, -0,25%, a US$ 89,09 o barril.

Petróleo Brent, -0,23%, a US$ 90,54 o barril.

Minério de ferro, -5,90% a 781 iuanes ou US$ 122,79 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

Bitcoin sobe 0,42% a R$ 232.918,00.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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