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Economia

Revendedores já sentem a queda nas vendas do gás

Com o preço do petróleo e do gás natural nas alturas, os revendedores de gás começam a sentir o impacto em seus negócios.

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Auxílio gás.

O Brasil passou por uma grande crise financeira devido aos impactos da pandemia da Covid-19 no país. No entanto, no momento em que o país começou a reagir — mais ou menos, visto que poderia ter sido feito bem mais para a recuperação econômica — iniciou-se o conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia. Assim, essa guerra afetou diretamente a dinâmica global e as políticas de preço do petróleo e do gás natural.

Desse modo, em meio à alta no preço do gás de cozinha, depois do reajuste de 16,06% anunciado pela Petrobras na semana passada, revendedores de Belo Horizonte já sentem a queda nas vendas. Hoje, o botijão de gás de 13kg custa R$135 na capital mineira.

Devido a esse valor, os representantes das distribuidoras do setor montam estratégias para tentar atrair a clientela, que diminuiu consideravelmente após o reajuste — obviamente ia diminuir, visto que um botijão está custando basicamente 10% do salário mínimo.

Revendedores buscam alternativas para manter as vendas

Janessa, gerente de uma distribuidora de gás no bairro Santo André, região Noroeste de BH, já observa o impacto nas vendas. “Com o aumento do gás, acabou muito a venda, está praticamente menos da metade. Hoje eu vendi quatorze botijões. Antes do aumento eu vendia em média 35 por dia”, disse.

A alternativa que a gerente encontrou para continuar com seu negócio foi vender o gás com o valor menor que o do mercado. “Botijões para ser entregue em casa está R$125. Quem retira na loja, nós estamos fazendo uma promoção de R$ 120”, relata.

Além disso, Janessa diz que isso é possível devido ao combustível que foi poupado em relação à entrega. “Com a alta do combustível ficou muito inviável para gente. Dependendo das entregas você gasta muito combustível. A moto a gente abastecia era R$50 por semana. Agora já está em torno de R$90 a R$100”, explicou.

Outra alternativa para continuar vendendo foi a de adotar o parcelamento do valor no cartão de crédito. “Parcelamos de duas vezes, mas tem um aumentozinho. A gente aumenta de R$5 a R$6 reais por causa da taxa de juros do cartão”, disse, lamentando a situação.

Por fim, a gerente ainda diz que, “quem busca esse gás aqui na porta vem com carrinho de mão. Está difícil para todo mundo. É muito difícil para nós revendedores repassar o preço. As pessoas não entendem, mas a gente não tem como. A gente já compra com preço novo e temos que repassar”, desabafou.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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