Economia
Dicas infalíveis de como ajustar sua vida financeira e sair das dívidas atrasadas
Um sonho que ainda está bem longe da realidade de muitos brasileiros é chegar ao final do mês com as contas em dia. Confira como organizar suas finanças.
Segundo dados da pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), publicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), cerca de 12,5 milhões de brasileiros fecharam o mês de fevereiro deste ano com dívidas. Esse percentual corresponde a 76,6% das famílias do país.
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Uma das causas do problema é a falta de educação financeira, ou hábitos financeiros do dia a dia, uma vez que o endividamento não se restringe somente a pessoas de baixa renda, e sim a todas as classes sociais. Assim, somente com algumas mudanças de comportamento você conseguirá tirar as dívidas do seu orçamento.
Você quer sanar as contas atrasadas e sair de vez do vermelho? Então, veja as dez dicas certeiras do educador financeiro André Bona, autor do livro “Finanças na Vida Real: pague as dívidas, conquiste seus sonhos e garanta uma boa aposentadoria” (Leya Brasil). Confira!
1 – Administre seu orçamento
A primeira regra deve ser acompanhar receitas e despesas – o que acontece realmente, não apenas o planejado -, anotando os gastos realizados e compreender como anda de fato a situação.
2 – Seja inteligente no corte de despesas
Não basta apenas cortar despesas de modo aleatório, é necessário que esses cortes não comprometam a qualidade de vida familiar ou que sejam impossíveis de manter. É preciso ser perspicaz nas decisões tomadas, para que essas mudanças tragam um resultado favorável ao orçamento e menos impacto no cotidiano.
3 – Classifique as despesas mais elevadas para as de menor valor
É preciso relacionar as despesas com valores mais altos para as de menor valor e eliminar as maiores. A redução de 10% em um gasto alto, muitas vezes, resulta em um benefício mais representativo do que um corte de 100% em um gasto insignificante.
4 – Relacione todas as suas despesas em três categorias
A primeira categoria, deve conter todas as despesas relativas ao custo de vida do próprio mês. Na segunda categoria, estarão as despesas relativas ao parcelamento de compras no comércio. Finalmente, na terceira e última categoria, devem ser incluídos os financiamentos a longo prazo, como dívidas de carros e imóveis.
5 – Pare definitivamente com os parcelamentos
Priorize a segunda categoria, ou seja, pare imediatamente de fazer compras parceladas, pois essa rotina vai gerar constantes dívidas. Ao restringir ou eliminar os parcelamentos, as dívidas futuras deixarão de existir, e em pouco tempo a segunda categoria ficará extinta.
6 – Agora é saldar as dívidas de longo prazo
É o momento de acabar com as despesas do terceiro grupo. A partir do momento em que não são mais contraídas dívidas a curto prazo, esse rendimento se torna livre na mão do indivíduo. Sendo assim, já dá para saldar os financiamentos de longo prazo.
7 – Conserve apenas os gastos de subsistência
Mantenha apenas os custos da primeira categoria nos seus compromissos mensais e permaneça assim. Uma vez que a pessoa mantenha no seu orçamento apenas os gastos de sobrevivência do próprio mês, ela estará livre de dívidas e riscos, além de poder retomar sua condição de vida com maior tranquilidade.
8 – Identifique os gastos
Classifique os gastos em fixos/obrigatórios e variáveis/não obrigatórios, sendo que os primeiros são aqueles imprescindíveis, como alimentação, por exemplo. Já os variáveis/não obrigatórios são aqueles que, em uma crise financeira, podem ficar em segunda instância.
9 – Proporção entre gastos: saiba como avaliar
Analise com atenção a proporção entre os gastos fixos/obrigatórios e os variáveis/não obrigatórios no montante final. A grande fórmula aqui é que o total das despesas do cidadão seja, na medida do possível, maior com gastos não obrigatórios do que fixos. Isso permite que todo o mês o cidadão tome decisões com uma parte maior da renda que recebe, o que ocasiona maior flexibilidade e liberdade financeira.
10 – Estabeleça uma reserva de emergência
É prudente ter uma reserva de emergência quando algum acontecimento inesperado acontecer. Dessa forma, dispor de um valor guardado para usar nesses momentos evita ter que recorrer a um novo endividamento.
Para raciocinar…
André Bona esclarece que, se um indivíduo está em apuros financeiros e contrair outras dívidas, não solucionará a situação, que pelo contrário, ficará mais grave. Além dos compromissos regulares assumidos, a pessoa terá que assumir mais um custo, que são os juros. Sendo assim, é necessário que se faça uma mudança de atitudes, desde a infância, para que no futuro não tenhamos um índice tão elevado de dívidas das famílias brasileiras.
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