Economia
Medida do governo para zerar alíquotas na importação de alimentos não funciona, diz AEB
Nesta semana, o governo anunciou que iria zerar as alíquotas da gasolina e de itens básicos de alimentação, mas parece que a medida enfrentará diversos obstáculos pela frente.
Na tentativa de baixar o valor do combustível, e consequentemente dos itens básicos de alimentação, o governo anunciou no início da semana que vai zerar as alíquotas do etanol, o que pode baixar o valor da gasolina se for misturado a ela, e também das alíquotas do açúcar, macarrão, margarina, queijo, café e óleo de soja. E ainda foi anunciada uma redução de 10% na importação de bens de capital, informática e comunicações.
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A guerra na Ucrânia vem aumentando a inflação no mundo todo, gerando uma grande dificuldade para comprar produtos no mercado global e alta das cotações das commodities, o que aumenta o preço dos produtos importados.
Mas, segundo a avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, as medidas tomadas pelo governo não terão o efeito desejado. Isso porque há muitos outros obstáculos que precisam ser superados para que os preços – principalmente dos alimentos – baixem.
Além disso, é preciso verificar se o varejo irá repassar os descontos ao consumidor, pois nem toda redução de imposto afeta positivamente o bolso do consumidor final.
O que pode acontecer também é um impacto negativo para os produtores nacionais, pois eles continuarão pagando os mesmos valores de impostos, podendo assim ter seus produtos substituídos pelos de importação, e isso anda preocupando a Associação Brasileira da Indústria de Café, produto este que pode ser prejudicado com a decisão.
“Os preços dos derivados lácteos também subiram lá fora. Não foi só aqui. O produto importado pode ter sido subsidiado na Europa ou nos Estados Unidos, enquanto aqui não recebemos apoio algum”, diz Fábio Scarcelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, que também está preocupado com a importação com redução de imposto.
Contudo, segundo os dados do próprio Ministério da Economia, os produtos importados com alíquota zero estão em bem menor quantidade atualmente. Por exemplo, ano passado foram exportados US$ 9,2 bilhões em açúcar da China, Argélia, Nigéria, Arábia Saudita e Egito, contra US$ 63,8 milhões de importações vindas dos Estados Unidos, China, Alemanha e Dinamarca, entre outros. A única exceção disso é o etanol que é um produto altamente importado pelo Brasil.
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