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Economia

Fiesp adota programa para recuperar a indústria do estado de São Paulo

A Fiesp vai oferecer um trabalho para transformação digital para 40 mil indústrias que possuem um faturamento anual de até R$ 8 milhões.

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Em um período aproximado de 10 dias, metade dos municípios de São Paulo aderiram ao programa emergencial de formação de professores da rede pública que foi lançado pela Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). O programa tem como objetivo fortalecer o ensino educacional da rede pública estadual, assim como frear o aumento da defasagem do aprendizado de crianças e jovens depois do período pandêmico.

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O programa faz parte de um conjunto de medidas que serão adotadas por Josué Gomes, novo presidente da Fiesp, para retomar o processo de reindustrialização do país.

O diagnóstico dá conta de que é necessário preparar as novas gerações para que a mão de obra qualificada não falte no futuro, na chamada “indústria 4.0”. As cadeias de suprimento mundiais estão sofrendo depois da pandemia e com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Do ponto de vista econômico, esses programas novos de educação impactam, além do crescimento, a produtividade, que é um grave problema do Brasil”, diz o coordenador do programa e diretor do Sesi (Serviço Social da Indústria), Wilson Risolia.

De volta aos anos 1950

Estudos dão conta de que os impactos da pandemia sobre a educação poderão levar até dez anos para serem corrigidos. No Brasil, quase 30% dos jovens com até 15 anos possuem uma defasagem em sua formação educacional. Esse grupo de jovens é a maioria dos que, no futuro, acabam compondo a geração “nem-nem”, que são aqueles que não estudam e nem trabalham.

“Criamos soluções educacionais que são usadas na rede Sesi e que vamos dispor na rede pública”, explica o diretor da entidade.

Adesão

Municípios de todos os portes já aderiram ao programa, tanto os maiores como Araçatuba e Taubaté, quanto os menores como Dourado.

Conforme Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp, a participação da indústria de transformação no PIB retornou ao nível que estava na década de 50. No ano de 2021 atingiu 11,3%, enquanto em 1953 era de 11,4%. O maior número foi alcançado na década de 1980, com 21,8%.

O programa contará com 80 horas de formação e acompanhamento de resultados com atendimento presencial que será direcionado para as escolas de cidades que contam com até 100 mil habitantes. Já os municípios que tem mais de 100 mil habitantes irão participar através da modalidade remota, com 40 horas de carga horária.

A Fiesp vai oferecer um trabalho para transformação digital para 40 mil indústrias que possuem um faturamento anual de até R$ 8 milhões. O objetivo dessa iniciativa é aumentar a competitividade industrial.

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