Economia
Afinal, quem recebe R$ 2 mil por mês é classe média no Brasil?
Pesquisas destacam desigualdade de renda no Brasil e levantam questionamentos sobre a classe média.
A definição da classe média no Brasil envolve uma análise complexa que vai além de números. Fatores como educação, acesso a serviços e percepções pessoais também desempenham um papel crucial, embora algumas características gerais sejam amplamente aceitas para identificar esse grupo.
Em termos gerais, a classe média é composta por indivíduos que superam a linha da pobreza, mas não alcançam rendas elevadas. Essa classificação não é uniforme, variando entre regiões e custos médios de vida, o que torna o tema ainda mais desafiador.
Diferentes instituições, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), utilizam critérios variados para categorizar as classes no país.
Recentemente, o C6 Bank propôs uma divisão com seis categorias de renda mensal per capita, trazendo uma nova perspectiva para a discussão.
Como são estruturadas as classes sociais no Brasil?
A instituição sugere seis categorias de renda, desde a Classe A, com R$ 28.240 mensais, até a Classe D-E, com R$ 1.087,77. Esses valores são ajustáveis, refletindo a diversidade econômica encontrada nas diferentes regiões brasileiras.
Classe | Renda mensal per capita |
---|---|
Classe A | R$ 28.240 |
Classe B1 | R$ 12.683,34 |
Classe B2 | R$ 7.017,64 |
Classe C1 | R$ 3.980,38 |
Classe C2 | R$ 2.403,04 |
Classe D-E | R$ 1.087,77 |
Já o IBGE define como classe média as famílias com renda per capita entre R$ 1.926 e R$ 8.303 mensais. Esse parâmetro considera a renda individual dentro do lar e é influenciado pelo tamanho da família.
Quem ganha R$ 2 mil por mês é classe média?
Uma pesquisa de 2022 do IBGE mostrou que 67,19% dos trabalhadores ocupados no país, o que representa cerca de 65,565 milhões de pessoas, recebiam até R$ 2.424 mensais. A realidade é preocupante, já que uma parte expressiva da população sobrevive com rendimentos próximos de dois salários mínimos.
Conforme a pesquisa, 35,63% da população recebia até um salário mínimo, equivalente a aproximadamente 34,766 milhões de pessoas. Outros 31,56% da população, cerca de 30,798 milhões, tinham rendimentos entre um e dois pisos nacionais.
Portanto, apenas 32,81% da população ganhava mais de dois salários mínimos, ressaltando ainda mais a disparidade econômica.
Teoria versus prática
O número mostra que essa parcela dos brasileiros é mais afortunada do que 67,19% das pessoas; contudo, embora na teoria possa ser considerada classe média, não é assim que funciona na prática.
Ao analisar esse contexto, é preciso considerar o custo de vida médio para se viver no país. Segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para sustentar uma família brasileira deveria ser de R$ 5.505,11 em julho de 2024.

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