Ainda tem chão para a soja se recuperar no Brasil e Chicago limita altas

A soja encurtou o ganho que exibia mais cedo nesta segunda (30).

O mercado fechou a semana passada em alta, mas só com atenções em relação ao Brasil.

Nas cotações, mesmo, ficaram mais presentes o potencial de aumento da demanda nos Estados Unidos, com novas plantas de esmagamento, e demanda de importadores.

Os relatórios do USDA nesta semana serão importantes para se verificar este balanço de oferta e demanda, enquanto a safra por lá já se encaminha para um nível no qual o clima não importa mais.

As condições brasileiras do plantio atrasado e necessidade de replantio no Centro-Oeste ainda não figuram nos preços, como Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, diz, confirmando a ‘nenhuma’ citação sobre isso nos veículos americanos que cobrem Chicago.

Às 10h10 (Brasília), as altas da CBOT, em Chicago, 0,25 ponto para novembro (0,02%) e janeiro, respectivamente US$ 12,98 e US$ 13,20.

Sim, não se espera mais que o Brasil possa projetar 165 milhões de toneladas, talvez 160, mas o analista brasileiro vê que nem tudo está perdido.

“A soja ainda tem tempo [e o mercado reconhece] de recuperação até dezembro, se as chuvas aparecerem”.

Problema é para o milho safrinha, que acabará sendo plantado fora da janela, com perda de potencial.

A soja fica no jogo.

Vale dizer, ainda, que não entraram nos preços as condições de prejuízos para a oferta que plantaram no pó – e talvez nem todos partam para o replantio -, e, menos ainda, o risco de que o excesso de chuvas no Sul acabe comprometendo a soja.

Inclusive, lembra Brandalizze, o Rio Grande do Sul deverá compensar a perda passada, porque, afinal, ainda muita chuva é melhor que seca.