Economia
Aluguel caro? Situação pode piorar já nos próximos meses
Preços de locação residencial sobem em ritmo acelerado no Brasil, impulsionados por juros altos e crédito caro, gerando preocupação entre locatários.
O mercado de aluguéis no Brasil enfrenta uma pressão crescente, com os preços subindo significativamente em 2024. Essa tendência tem sido impulsionada por fatores econômicos, como juros elevados e crédito caro, que dificultam a compra de imóveis.
Os novos contratos de locação estão registrando aumentos expressivos, superando em muito a inflação. Em setembro de 2024, o valor médio de aluguel subiu mais de três vezes o índice inflacionário acumulado no ano, criando dificuldades para muitos inquilinos.
A economista Luana Alves é um exemplo dessa realidade. Após cinco anos no Itaim Bibi, em São Paulo, ela viu seu aluguel subir 25%. Para economizar, mudou-se para um imóvel maior no Butantã, dividindo-o com amigas, o que reduziu seus custos.
Preços elevados afetam decisões de compra
A decisão de adiar a compra de imóveis é uma realidade para muitos brasileiros. O cientista social Gustavo Melo desistiu de comprar um apartamento na Pompeia, em São Paulo, devido às elevadas exigências bancárias e taxas de juros. Ele optou por continuar pagando aluguel, apesar do aumento nos preços.
O mercado de locação ganha força com a dificuldade de acesso ao crédito. O CEO da Lopes Condovel, Carlos Berzoti, afirma que muitos inquilinos estão dispostos a pagar valores elevados para garantir o imóvel desejado, sem sequer negociar descontos.
Além disso, a pandemia continua afetando o mercado, muitos buscam alugar imóveis mais próximos ao trabalho após retornarem ao trabalho presencial. Em Curitiba, por exemplo, a taxa de desemprego abaixo da média nacional tem impulsionado os aluguéis.
Cidade | Aumento em 12 meses |
---|---|
Curitiba | 17,94% |
Porto Alegre | 25,53% |
Goiânia | 17,23% |
Campo Grande | 34,31% |
Perspectivas para 2025
O cenário dos aluguéis em 2025 ainda é incerto. A economista Paula Kasmirski destaca que um mercado de trabalho forte pode manter a capacidade de absorver aumentos.
No entanto, a expectativa de juros futuros exerce influência crucial sobre o comportamento dos preços.
Se houver uma queda nas taxas de financiamento, a pressão sobre os aluguéis pode diminuir. Caso contrário, os inquilinos podem enfrentar contínuos aumentos nos próximos anos, dependendo das movimentações do Banco Central e das condições econômicas gerais.

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