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Americanas (AMER3): CEO atual detalha suposta fraude em CPI

Na prática, ele apontou a antiga diretoria como responsáveis pelos acontecimentos.

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Americanas em recuperação judicial: funcionários temem demissão em massa

O CEO atual da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho Pereira, se apresentou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em Brasília, ontem, e detalhou a suposta fraude ocorrida na varejista.

Ele apresentou documentos aos congressistas que até então não haviam sido divulgados ao mercado, e trouxe uma série de comunicações internas que, destacou, sustentam o cometimento de uma fraude de resultado pela antiga diretoria da empresa.

Na prática, ele acusou a antiga diretoria, cujos executivos foram apontados em documento encaminhado ao mercado ontem, conforme noticiado pelo Capitalist.

Além disso, os documentos apresentados por Pereira à CPI também apontam suposta modificação da redação de documentos contábeis por bancos incluindo Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) e pelas auditorias PwC e KPMG após pedidos de diretores da Americanas.

Americanas (AMER3): CEO vai à CPI

Ainda de acordo com Pereira, os indícios recolhidos até então não revelam participação do Conselho de Administração ou dos acionistas de referência da companhia.

Vale lembrar que os acionistas de referência são Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. O primeiro é o homem mais rico do Brasil. Os demais também integram a lista dos super ricos do país.

Em relação às auditorias externas PwC e KPMG, elas disseram que não podem comentar por motivo de sigilo. O Itaú Unibanco afirmou que é “leviano” atribuir a terceiros a responsabilidade pela “fraude”. O Santander Brasil afirmou que a única e exclusiva responsável é a Americanas.

Diretoria anterior

Em documento encaminhado ao mercado a varejista informou que suas demonstrações vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior. Foi a primeira vez que a companhia usou o termo fraude desde a revelação do caso, em janeiro, que levou a varejista à recuperação judicial. Até então, o tema era tratado oficialmente como “inconsistências contábeis”.

Segundo Pereira, que assumiu a posição em fevereiro de 2023, após a saída de Sergio Rial, que ficou dez dias como CEO, “essas evidências não mais permitem tratar como inconsistências contábeis”.

Ele explicou que as novas conclusões vieram de um relatório de assessores jurídicos, apresentados na véspera ao Conselho de Administração da Americanas, com informações de um comitê independente que está investigando o caso. O comitê em si, no entanto, não finalizou sua investigação e não apresentou uma conclusão, de acordo com Coelho.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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