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Americanas: CVM acusa oito ex-executivos por insider trading

Uso de informações privilegiadas.

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusou oito ex-executivos da Americanas (AMER3) de uso indevido de informações privilegiadas na negociação de ativos da empresa antes da revelação do escândalo contábil em 2023.

Em comunicado divulgado dia 18, a CVM afirmou que, após concluir um inquérito administrativo, reuniu “elementos robustos e convergentes” para sustentar as acusações contra o ex-presidente-executivo Miguel Gutierrez e outros sete ex-executivos, entre eles José Timotheo de Barros e Anna Christina Ramos Saicali.

A Americanas, por sua vez, declarou que as investigações realizadas por seu comitê independente e pelas autoridades demonstram que a empresa foi vítima de uma “fraude complexa de resultados”, orquestrada por seus antigos gestores, incluindo o uso de informações privilegiadas.

A companhia reforçou seu compromisso com o esclarecimento dos fatos e a responsabilização legal dos envolvidos.

A defesa de Gutierrez afirmou que as acusações são baseadas em “presunções infundadas” e que a venda de ações pelo ex-executivo foi realizada “de maneira íntegra e em conformidade com as normas vigentes”. O advogado de Barros declarou que a defesa provará sua inocência com “dados objetivos”, enquanto o representante de Saicali informou que ela não comentará o caso.

A Americanas está em processo de recuperação judicial desde o ano passado, após a descoberta de uma fraude contábil bilionária.

Americanas

A fraude na Americanas, revelada em 2023, envolveu a descoberta de inconsistências contábeis bilionárias que vinham sendo praticadas ao longo de anos. O esquema ocultava dívidas da empresa por meio de práticas irregulares, inflando artificialmente os lucros e disfarçando a real situação financeira.

A fraude foi revelada quando a empresa divulgou um rombo de mais de R$ 20 bilhões em seu balanço, resultando em um escândalo de grandes proporções. Isso levou à recuperação judicial da companhia, à queda de suas ações e a investigações sobre a conduta dos ex-executivos, que foram acusados de uso indevido de informações privilegiadas.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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