Americanas inflou vendas no marketplace, diz jornal

Uma investigação reveladora indicou que a Americanas (AMER3) inflou em mais de R$ 23 bilhões as vendas de parceiros em seu marketplace online. O relatório do comitê independente que analisou o esquema de fraude da empresa aponta que, além de práticas como riscos sacados e contratos fictícios de verba publicitária, a manipulação dos números de vendas por terceiros foi uma parte significativa da complexa engrenagem financeira que sustentou o golpe por vários anos.

De acordo com a coluna Capital, do O Globo, os diretores da Americanas superestimaram o volume geral de vendas realizadas por vendedores externos — conhecido como GMV 3P (Gross Merchandise Volume) — entre 2017 e 2022. O total inflacionado de R$ 23,17 bilhões representa uma estratégia que, embora não tenha sido o foco principal da fraude, contribuiu para a manutenção das operações fraudulentas da companhia.

Essa nova revelação se soma a uma série de irregularidades que vêm sendo investigadas, aprofundando a crise que atingiu a Americanas e colocando em questão a transparência e a governança da empresa no mercado varejista.

Americanas (AMER3)

A fraude contábil da Americanas, uma das maiores redes de varejo do Brasil, envolve a manipulação de informações financeiras que, ao longo de anos, permitiu à empresa ocultar dívidas e inflar receitas. A investigação revelou que a companhia utilizou práticas fraudulentas, como riscos sacados e contratos fictícios de publicidade, para criar uma fachada de saúde financeira. Entre 2017 e 2022, a Americanas superestimou em R$ 23 bilhões as vendas de parceiros em seu marketplace online, inflacionando o volume geral de vendas (GMV 3P).

Essas irregularidades culminaram em um rombo de R$ 43 bilhões em suas contas, levando à recuperação judicial em janeiro de 2023. A fraude expôs falhas significativas na governança corporativa e na auditoria da empresa, resultando em um impacto severo na confiança do mercado e na reputação da Americanas.