Empresas
Americanas organiza AGE para tratar de fraude e ex-executivos
Companhia atua no varejo popular.
A Americanas (AMER3) convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 11 de dezembro. O objetivo da assembleia é permitir que os acionistas deliberem sobre diversos assuntos, incluindo uma proposta de ação de responsabilidade civil contra os ex-executivos envolvidos na fraude contábil da empresa, revelada em janeiro de 2023.
A varejista pretende processar os ex-diretores Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, devido aos prejuízos que a companhia sofreu em decorrência da fraude contábil e de outros atos ilícitos praticados durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2022. O rombo estimado é de R$ 25,7 bilhões, e a empresa busca a responsabilização civil dos indivíduos envolvidos.
Durante a assembleia, também serão discutidas a aprovação de contas e possíveis alterações no estatuto da companhia.
Americanas (AMER3)
A companhia, atualmente em recuperação judicial, ganhou destaque no dia 11 de janeiro de 2023 quando comunicou inconsistências contábeis que somavam até então R$ 20 bilhões. Na mesma noite, os recém-nomeados CEO Sergio Rial e CFO André Covre renunciaram.
A recuperação judicial é um procedimento legal destinado a reestruturar as finanças de uma empresa que enfrenta dificuldades financeiras, permitindo que ela continue operando enquanto busca superar sua crise. Esse mecanismo é regulamentado pela Lei de Recuperação de Empresas no Brasil e tem como objetivo preservar a empresa, seus empregos e os interesses dos credores, evitando a falência.
Quando uma empresa solicita recuperação judicial, ela apresenta um plano de recuperação ao juiz, que deve ser aprovado pelos credores. Esse plano geralmente inclui medidas como a reestruturação de dívidas, a venda de ativos, a redução de custos e outras estratégias que visem restaurar a saúde financeira da empresa. Durante o processo, a empresa obtém uma proteção temporária contra ações judiciais de cobrança, o que lhe dá um tempo para se reorganizar sem a pressão imediata de seus credores.
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