Agronegócio
Ao menos 70% de produtores rurais foram afetados por mudanças climáticas
Conclusão é de pesquisa que ouviu 800 empresários, de diversos países, inclusive do Brasil
Ao menos 70% dos produtores rurais de diversos países já sentiram duramente os efeitos do aquecimento global em suas propriedades, a exemplo de secas e temperaturas altas. Essa é a principal conclusão do levantamento intitulado ‘Farmer Voice’, realizado pela empresa global de comunicação estratégica Kekst CNC – por solicitação da multinacional Bayer – que consultou 800 produtores agrícolas do Brasil, Austrália, China, Alemanha, Índia, Quênia, Ucrânia e os Estados Unidos.
Esse percentual sobe para 76% de respostas afirmativas, quando os consultados foram questionados sobre sua preocupação quanto aos efeitos futuros das mudanças climáticas em seus negócios.
Como justificativa para a iniciativa, o presidente global da divisão agrícola da Bayer, o brasileiro Rodrigo Santos, explica que, embora já existam várias publicações voltadas aos eventos de calor, chuva ou seca extrema (entre outros fatores que alteram o clima), havia necessidade de ouvir dos próprios produtores rurais a respeito do “que pensam e já estão vivendo em suas fazendas em decorrência do novo cenário climático”, de onde surgiu a ideia de realizar a pesquisa “Farmer Voice”.
Sobre o Brasil, Santos comenta que “os agricultores já estão sentindo os efeitos adversos das mudanças climáticas em seus campos e, ao mesmo tempo, têm um papel central no enfrentamento desse desafio. É por isso que é tão importante fazer com que a sua voz esteja em primeiro plano”.
Ao serem questionados, pela Farmer Voice, sobre quais eventos climáticos vivenciaram nos últimos anos, com maior intensidade, em suas propriedades, em relação a anos anteriores, 70% dos produtores admitiram já ter sofrido algum tipo de efeito de altas temperaturas e secas; 45% mencionaram muito altas temperaturas; 35% citaram longos períodos de temperaturas altas; e 33%, secas. O estudo internacional destacou que o Brasil, Índia e Quênia foram os países que sentiram, de forma mais aguda, os efeitos da mudança climática.
No que diz respeito às perdas econômicas apuradas nos últimos dois anos, em decorrência das mudanças climáticas, em média, os entrevistados estimaram que sua renda caiu 15,7% no período. Um em cada seis reconheceu perdas de receita superiores a 25%, ao passo que 73% deles sofreram pressão de pragas e doenças nas lavouras.
Enquanto a maioria dos produtores (84%) afirmou já ter adotado ou pretende adotar medidas para reduzir o impacto ambiental da atividade agrícola, além de promoverem a recuperação de áreas naturais, outros 43% revelaram que já utilizam culturas de cobertura sobre as plantações.
Já 37% dos consultados optaram por energias renováveis ou biocombustíveis; 33% usam sementes inovadoras para reduzir aplicações de fertilizantes e agroquímicos; 25% escolheram ferramentas digitais, com vistas a atenuar o uso de insumos agrícolas; 24% empregam o sistema do plantio direto; 22% são participantes de um programa para captura de carbono. Em contraponto, 16% adiantaram que não pretendem adotar medida alguma a respeito.
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