Economia
Ao saltar 80% na geração, energia solar supera eólica como 2ª matriz elétrica do país
Com 15,6% da potência instalada nacional, modalidade chega ao fim de 2023 com 28 GW
O salto de 80% da geração de energia elétrica, por meio de painéis solares, entre os anos de 2021 e 2022 – referente a 2 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos – tornou essa matriz elétrica (superando a eólica), a segunda do país, que passou a integrar o seleto grupo dos dez maiores produtores dessa energia limpa do planeta.
De acordo com Balanço Energético Nacional, divulgado recentemente pelo Ministério de Minas e Energia, a capacidade de geração própria brasileira chegou, em agosto último, ao volume de 23 gigawatts.
Dimensão continental – Em consequência, no ranking da potência instalada, a energia solar responde hoje por 15,6% do total, só atrás da hídrica (50%). Para que o universo de 3 milhões de casas, lojas, empresas ou outros imóveis fosse atingido, foi determinante a própria dimensão continental do país e suas condições climáticas, que favorecem a distribuição da geração de energia, a partir da instalação de sistemas fotovoltaicos em residências, comércios e indústrias.
Na previsão da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), até o final deste ano, o investimento do setor deve totalizar R$ 38 bilhões, correspondente à uma potência instalada de 28 GW (gigawatts), 10 GW a mais do que em 2022.
Brasileiro quer autonomia – Ao destacar que os números ‘mostram o potencial de crescimento do setor, a vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, acentua que “isso confirma, não só, o potencial enorme que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, mas também fazendo sua parcela, para ajudar com o desenvolvimento sustentável do país”, disse.
No ranking regional, a maior participação na potência instalada nacional coube ao estado de São Paulo (13,6%), com 2,4 GW em operação, ficando a segunda posição com Minas Gerais (13,3%), vindo depois Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Avanços tecnológicos – Também contribuem para tornar mais atrativo esse tipo de energia, os avanços tecnológicos e incentivos adotados pelo poder público, o que resulta, ainda, em redução de custos na compra dos equipamentos, instalação e manutenção.
Segundo o presidente da ABGD, Guilherme Chrispim, “quanto maior o número de interessados, de empresas que estão no Brasil e de distribuidoras de equipamentos, mais cresce a quantidade de pessoas fazendo instalação. Isso tudo ao longo do tempo ajudou a ter um preço mais competitivo”.
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