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Curiosidades

Ao ser coroado Rei, Charles III recebeu uma herança incomum

Apesar de diferente, motivo por trás do legado é muito importante.

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Com a morte da Rainha Elizabeth, o Rei Charles III herdou, além do título de monarca, os bens da Coroa e o patrimônio privado de sua mãe.

Na herança, estão objetos e entidades que há muito tempo são sinônimos da família real britânica. Porém, o que mais chamou a atenção foi a posse simbólica de Charles III sobre todos os golfinhos nas águas britânicas. A curiosa posse não é novidade, pelo contrário, ela possui quase 700 anos de história.

A tradição está fundamentada em um antigo estatuto que concede ao monarca reinante o direito sobre certas espécies marinhas conhecidas como ‘peixes reais’.

O estatuto ainda vigora em tempos atuais e faz parte da rica, mas curiosa, tradição que o rei herdou ao assumir a Coroa. O significado por trás dessa herança, no entanto, é surpreendente e importante.

Rei Charles III simplesmente herdou todos os golfinhos das águas britânicas – Foto: reprodução

Peixes reais

O status de ‘peixes reais’ não foi dado aos golfinhos à toa. Na verdade, o título serve há séculos como um lembrete da importância de preservar essa e outras espécies de animais.

A monarquia britânica tem mantido tal compromisso ao longo do tempo, demonstrando um cuidado especial com a conservação da fauna em suas águas territoriais.

De fato, no século XIV, estabeleceu-se que a propriedade desses animais pela Coroa tinha como principal objetivo protegê-los da caça indiscriminada e do comércio, práticas que ameaçavam a existência de tais espécies.

Embora possa parecer estranho ou até irrelevante atualmente que um monarca tenha posse simbólica sobre golfinhos, isso reflete o papel da monarquia na preservação da natureza e das tradições britânicas.

Outros animais herdados

Além dos golfinhos, Charles III também herdou a propriedade simbólica de aproximadamente 32.000 cisnes que vivem nas águas britânicas.

Anualmente, a Coroa supervisiona um evento conhecido como Swan Upping, que é essencialmente um censo dos cisnes realizado no Rio Tâmisa.

O evento remonta ao século XII e possui um profundo significado histórico e cultural para a monarquia britânica. Durante o Swan Upping, os cisnes são marcados e pesados e têm a saúde avaliada por funcionários reais.

Portanto, apesar de estranha, a tradição de proteger os ‘peixes reais’ e os cisnes, não é apenas um ato cerimonial, mas também uma parte do compromisso contínuo da monarquia com a conservação.

Em tempos modernos, tal herança simbólica se alinha com as crescentes preocupações ambientais e a necessidade de proteger a biodiversidade do planeta.

Natália Macedo é graduada em Jornalismo, possui MBA em Comunicação e Jornalismo Digital. Mineira de Belo Horizonte, é apaixonada pelo Universo Geek e pelo mundo da música e entretenimento. Além disso, ama escrever e informar de maneira leve e democrática.

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