Economia
Aperto monetário do Fed deve reduzir investimento externo no país
Fim da injeção bilionária no mercado dos EUA afetará muito economias emergentes
Depois garantida a liquidez da maior economia mundial – afetada pela pandemia, no ano passado – chegou a hora do aperto monetário, como o anunciado pelo Federal Reserve (Fed) – banco central dos EUA – ao iniciar a redução da injeção bilionária mensal (US$ 120 bilhões) no mercado ianque, que totaliza impressionantes US$ 4,3 trilhões.
Menos capital – A vitalidade econômica norte-americana poder ser medida pela recuperação do tombo de 3,4%, no ano passado, para um crescimento de 6% em 2021, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A retomada econômica ianque, porém, deverá afetar muito, apontam analistas, o fluxo de capital estrangeiro para mercados emergentes, como o Brasil.
Escalada dos juros – Semelhante à uma gangorra, à medida que a redução da compra de títulos pelo Fed se acentuar, os juros vão acompanhar, mas em sentido contrário, subindo. A consequente elevação das taxas dos títulos norte-americanos fatalmente atrairá grande parte do capital disponível no mercado internacional para a economia ianque, em detrimento da brasileira.
Aversão ao risco – A tendência é confirmada pelo economista-chefe da gestora de recursos Quantitas, Ivo Chermont, para quem a alta dos juros estadunidenses, como efeito dominó, fará com que o mesmo ocorra nos demais investimentos, ao redor do globo. “Quando os EUA apertam a política monetária (sobem o juro), fica naturalmente mais difícil para os outros países atraírem esse capital”, explica, ao acrescentar que “nenhum investidor aplicará seus recursos em títulos da dívida do Brasil, se eles oferecerem taxa de retorno igual ou abaixo da do título americano, ainda mais porque o país oferecer um risco elevado”.
Inflação avança – Na mesma batida, as cotações do câmbio tendem a acompanhar a trajetória altista dos juros, uma vez que o retorno maior dos títulos norte-americanos faz com que investidores retirem seus recursos de mercados emergentes, convertê-los em dólar, para reaplicá-los em economias mais desenvolvidas e, sobretudo, seguras. Essa dinâmica crescente acaba atingindo, também, o mercado futuro, em razão da elevação do risco.
Impacto nas famílias – Mas o efeito perverso da carestia não se limita a economias ou corporações, mas igualmente impacta as famílias, pois a valorização do câmbio eleva os preços de produtos e insumos importados pelo país, resultando em menor consumo e investimentos.
Problemas demais – Como se não se bastasse o ‘aperto’ externo, a economia brasileira atravessa toda sorte de problemas, a começar pela inflação alta e sem controle até o momento (já na casa de dois dígitos, no acumulado em 12 meses); crise política e hídrica, risco fiscal e PIB em queda, que deve ficar negativo em 2022.
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