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Economia

Após avanço de 0,92% em agosto, preços industriais sobem 1,11% em setembro

Com nova alta, indicador agora acumula deflação de 5,43% no ano e de 7,92% em 12 meses

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Pelo segundo mês seguido, os preços da indústria exibiram avanço, ao subirem de 0,92%, em agosto, para 1,11% em setembro último, embora continuem acumulando deflação de 7,92% em 12 meses e recuo de 5,43% no ano, menor variação acumulada para o mês passado, desde o início da série histórica, iniciada em 2014, divulgou, nesta quinta-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro de 2022, o IPP recuado 1,89%.

Das 24 atividades industriais pesquisadas, 13 registraram elevação de preços em setembro (uma a mais do que em agosto), com destaque para: refino de petróleo e biocombustíveis (8,28%), bebidas (-5,09%), indústrias extrativas (3,86%) e impressão (1,78%). Já as maiores influências vieram de petróleo e biocombustíveis (0,85 p.p.), indústrias extrativas (0,19 p.p.), bebidas (-0,13 p.p.) e outros produtos químicos (0,12 p.p.).

Segundo o analista do IPP, Alexandre Brandão, “assim como ocorreu no mês anterior, em setembro observamos um aumento nos preços de refino, que é o segundo setor de maior peso na indústria brasileira. Ele só fica atrás de alimentos, cuja variação recente não a coloca entre as quatro mais expressivas”.

No caso específico do setor de refino, este apresentou o maior impacto no índice do mês, a terceira maior variação no acumulado no ano e a segunda mais alta no acumulado em 12 meses. Ante o mês anterior, todavia, o item foi o que teve maior influência no resultado. “O comportamento dos preços do refino está diretamente ligado à alta de preços do óleo bruto de petróleo, que vem aumentando no mundo todo, devido à recente baixa da produção”, explica o analista.

Segunda maior variação e terceira maior influência em setembro, o setor de bebidas registrou a variação negativa mais intensa da série histórica, com destaque para as deflações em itens de peso mais acentuado na atividade, como “cervejas e chope” (-55,35%), “refrigerantes” (-29,87%) e “xaropes para bebidas com fins industriais” (-11,74%). “Além de um reposicionamento de preços, os custos no setor estão caindo. Logo, há margem para queda de preços”, comenta Brandão.

Na terceira colocação no ranking, os preços das indústrias extrativas subiram 3,86%, com o acumulado em 12 meses saltando de 5,01%, em agosto, para 9,07%, em setembro, em decorrência do aumento de preços do óleo bruto de petróleo. “A redução da oferta global de petróleo, provocando alta de preços, tem desdobramentos na indústria brasileira”, explica o analista do IPP.

No que se refere às grandes categorias econômicas, apresentaram crescimento de 0,37% os bens de capital (BK); 1,81%, bens intermediários (BI); 0,22%, bens de consumo (BC); 0,01%, bens de consumo duráveis (BCD) e 0,26%, bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND).

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Índice de Preços ao Produtor, variação para Indústria Geral e

Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses

Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
M/M₋₁ Acumulado no Ano M/M₋₁₂
Jul/2023 Ago/2023 Set/2023 Jul/2023 Ago/2023 Set/2023 Jul/2023 Ago/2023 Set/2023
Indústria Geral -0,76 0,75 1,11 -7,17 -6,47 -5,43 -14,02 -10,65 -7,92
Bens de Capital (BK) -0,52 0,14 0,37 -1,79 -1,65 -1,29 0,70 1,21 1,00
Bens Intermediários (BI) -0,60 1,49 1,81 -10,81 -9,48 -7,84 -19,77 -15,59 -12,00
Bens de Consumo (BC) -1,06 -0,21 0,22 -2,38 -2,59 -2,38 -6,96 -4,59 -2,83
Bens de Consumo Duráveis (BCD) -0,17 0,36 0,01 1,59 1,95 1,97 3,55 2,61 2,32
Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND) -1,25 -0,33 0,26 -3,16 -3,48 -3,23 -8,87 -5,96 -3,83
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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