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Economia

Após cair 0,13% em agosto, IGP-10 sobe 0,18% este mês

Reajuste dos combustíveis determinou reversão de tendência do indicador

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Revertendo a tendência de deflação do mês anterior, quando ‘encolheu’ 0,13%, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou variação positiva de 0,18% em setembro, alta decorrente, sobretudo, do reajuste dos preços dos combustíveis, cujo aumento autorizado pela Petrobras resultou em alta de 21,6% para o diesel e de 13,58% para a gasolina.

Com este resultado, o indicador agora acumula deflação de 5,15% no ano e de -6,35% em 12 meses. Em igual mês de 2022, o recuo chegou a 0,90% no mês, mas acumulava alta de 8,24% em 12 meses.

Segundo o coordenador de índices de preços da FGV, André Braz, “a principal contribuição para a aceleração do índice ao produtor teve origem nos combustíveis, levando em conta que o aumento autorizado pela Petrobrás ocorreu no dia 16 de agosto último, e, dentro deste período de apuração, os preços do Diesel subiram 21,60% e da gasolina 13,58%. Estas contribuições somadas geraram influência de 0,80 ponto percentual (p.p.) permitindo que a variação do IPA avançasse de -0,20% em agosto para +0,23% em setembro”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Com peso de 60% no indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,23% este mês, em contraste com a deflação de 0,20% do mês anterior. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais recuaram 0,95% em setembro, para -0,14%, este mês. Para este resultado, a maior influência veio do subgrupo combustíveis para o consumo, que inverteu o sinal, passando de uma deflação de 4,64% para 9,34%. Já o índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, recuou 0,51% em setembro, depois de deflacionar 0,32%.

Também mudou de sinal o grupo Bens Intermediários, ao sair de uma deflação de 0,37% para uma inflação de 1,14%, na passagem de agosto para setembro, sob influência determinante do salto cavalar observado no subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que subiu de 1,21% para 15,34%, no mesmo comparativo mensal.

Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas despencou, de 0,79% em agosto, para -0,44% em setembro, sob influência de itens, como: bovinos (0,72% para -8,91%); soja em grão (5,98% para 3,16%) e leite in natura (-1,48% para -5,67%). No sentido inverso, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: minério de ferro (1,33% para 2,81%), mandioca/aipim (-5,28% para 1,52%) e café em grão (-7,43% para -1,83%).

Com peso de 30% do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou de -0,01% para inflação de 0,02% em setembro. Neste caso, quatro das oito classes de despesa recuaram, como Transportes (0,47% para 1,19%), Habitação (-0,24% para 0,42%), Alimentação (-0,72% para -0,69%) e Comunicação (0,00% para 0,08%).

Com peso de 10% no indicador geral, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve aumento modesto, de 0,17%, em agosto, para 0,18% em setembro. No mesmo comparativo, os três grupos que integram o INCC registraram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (-0,26% para -0,07%), Serviços (0,75% para 0,28%) e Mão de Obra (0,64% para 0,49%).

Variação mensal do IPG-10

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
set/23 0,18% -6,35%
ago/23 -0,13% -7,37%
jul/23 -1,10% -7,89%
jun/23 -2,20% -6,31%
mai/23 -1,53% -3,49%
abr/23 -0,58% -1,90%
mar/23 0,05% 1,12%
fev/23 0,02% 2,26%
jan/23 0,05% 4,27%
dez/22 0,36% 6,08%
nov/22 -0,59% 5,55%
out/22 -1,04% 7,44%
set/22 -0,90% 8,24%

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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