Após lucrar R$ 20,462 bilhões em maio, BC perde R$ 5,587 bilhões em swap cambial este mês

Em contraste com o lucro expressivo de R$ 20,462 bilhões em sua posição em swap cambial (pelo critério de caixa) em maio último, o Banco Central (BC) apurou resultado negativo de R$ 5,587 bilhões, referentes a esses contratos, até 7 de julho deste mês. A mudança brusca de sinal nessas operações espelha a extrema volatilidade que caracteriza o mercado cambial.

Se considerado do conceito de competência (que inclui ganhos e perdas ocorridos no mês), a autoridade monetária contabilizou uma perda de R$ 5,210 bilhões, independente da data de liquidação financeira que, em geral, ocorre no dia seguinte (D+1).

Já no que se refere à rentabilidade na administração das reservas internacionais do país, o BC auferiu lucro de R$ 16,348 bilhões, aí incluídos nesse cálculo, ganhos e prejuízos pela correção cambial, marcação a mercado e juros.

Quanto ao resultado líquido das reservas (resultante da diferença entre a rentabilidade e o custo de captação), o saldo foi positivo em R$ 11,568 bilhões, relativo à primeira semana de julho, ao passo que o resultado das operações cambiais apontou ganhos de R$ 6,358 bilhões.

Nesse sentido, a instituição central ressalta que, tanto as operações de swap cambial, quanto à administração das reservas internacionais, não visam lucro, mas, antes, fornecer ‘hedge’ ao mercado, nos tempos atuais, marcados por volatilidade, além de representar um colchão de liquidez para momentos de crise.

Levando em conta o acumulado do ano, até o dia 7 deste mês, o resultado com a posição de swaps cambiais do BC apresenta saldo positivo em R$ 49,312 bilhões, pelo critério caixa e em R$ 59,559 bilhões, pelo conceito de competência.

A rentabilidade na administração das reservas internacionais, por seu turno, apurou perda de R$ 86,846 bilhões, ao mesmo tempo em que o resultado líquido das reservas apresentou saldo negativo em R$ 169,002 bilhões. No mesmo período, levantamento do BC mostrou que as operações cambiais redundaram em prejuízo considerável, no montante de R$ 109,443 bilhões.